Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2020 Edição: 11 ISSN: 2594-5106

Óbitos por câncer de estômago no estado de Mato Grosso, 2000-2016: perfil sociodemográfico

1Patrick Francisco de Oliveira Silva,2Francine Nesello Melanda,3Bárbara da Silva Nalin de Souza,4Noemi Dreyer Galvao
1VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,2DOCENTE,3ORIENTADOR,4COORDENADOR AUTOR
patrick.iscufmt@icloud.com

RESUMO

Estimativa global de 2018 indicou 9,6 milhões de óbitos por câncer, sendo o de estômago a terceira causa que mais contribuiu este número. Nesse mesmo ano, no Brasil, 1,12% do total de óbitos foi atribuído ao câncer de estômago, 1% na região centro-oeste. Assim, foi realizada caracterização dos óbitos por câncer de estômago em Mato Grosso, segundo fatores sociodemográficos, no período 2000-2016, visando reconhecer grupos mais vulneráveis entre os residentes do estado. Trata-se de estudo descritivo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade vinculado ao projeto de extensão “Vigilância de câncer e seus fatores associados: atualização de registro base populacional e hospitalar”, realizado em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde. Foram utilizados dados de óbitos por câncer de estômago, com a codificação C16 da CID10, de residentes do Estado de Mato Grosso, no período 2000-2016. Verificou-se a frequência relativa das variáveis sociodemográficas: ano do óbito, sexo, faixa etária, estado civil, raça/cor, anos de estudo e ocupação, por meio do software SPSS v.25. Foram identificados 2.410 óbitos; maior percentual em 2016 (7,4%) e menor em 2001 (4,2%). Destacaram-se: homens (69,6%), pardos ou pretos (58%), 60-69 anos (27,1%) e 70-79 anos (25,7%), 1-3 anos de estudo (31%) e nenhum estudo (26,7%) e casados (54%). Para ocupação, a categoria de maior frequência foi aposentado (25,9%), considerada inconsistente, por não incluir-se na Classificação Brasileira de Ocupações, seguida por agropecuários, florestais e da pesca (21,4%). Os resultados alertam para a importância da identificação de características relacionadas ao óbito por câncer de estômago, como ocupação, visto que realização de atividades laborais possivelmente envolvidas com utilização de agrotóxicos, empregado em larga escala na região, se destacou. Desta forma, reforça-se a relevância da extensão universitária realizada em parceria com o serviço de saúde, que norteia ações de investigação e prevenção da doença, visando melhor qualidade vida à população mato-grossense.

PALAVRAS-CHAVE

Câncer. Estômago. Mortalidade