Caracterização dos óbitos por câncer do colo do útero
no estado de Mato Grosso, 2000-2016, segundo fatores sociodemográficos
1Anna Beatriz da Silva Sena,2Bárbara da Silva Nalin de Souza,3Noemi Dreyer Galvao 1BOLSISTA DE EXTENSÃO,2ORIENTADOR,3COORDENADOR AUTOR beatriz.iscufmt@gmail.com
RESUMO
Introdução: Com aproximadamente 570 mil novos casos
por ano no mundo, o câncer do colo do útero é o quarto tipo mais comum entre as
mulheres e globalmente é responsável por aproximadamente 311 mil mortes
anualmente, sendo também a quarta causa de mortes por câncer em mulheres. No
Brasil, espera-se, em 2020, cerca de 16.710 novos casos, sendo a terceira causa
de incidência e a quarta de mortalidade por câncer. Objetivo:
Avaliar os óbitos por câncer do colo do útero no estado de Mato Grosso, segundo
fatores sociodemográficos, no período 2000-2016. Métodos: Estudo descritivo com dados do Sistema de
Informações sobre
Mortalidade do estado de Mato Grosso vinculado ao projeto de extensão “Vigilância de câncer e seus fatores associados: atualização de registro
base populacional e hospitalar”, realizado em
parceria com a Secretaria Estadual de Saúde. Considerou-se informações sobre
óbitos por câncer do colo do útero, com a codificação C53 da CID 10, de
residentes de Mato Grosso, no período 2000-2016. Foram calculadas frequências
relativas (%) dos óbitos, segundo variáveis: faixa etária, estado civil,
raça/cor, anos de estudo e ocupação, por meio do software SPSS v.25. Resultados: Foram identificados 1.252 óbitos;
51 (4,1%) ocorreram em 2000 e 89 (7,1%) em 2016, sendo 2015 o que apresentou
maior percentual no período (7,5%; n=94). Destacaram-se, também, as maiores
frequências de óbitos em mulheres pardas (60,5%), solteiras (35,2%), com 4 a 7
anos de estudo (28,4%), idade entre 40-49 anos (26%) e ocupação indicada como
dona de casa, considerada uma categoria inconsistente, não incluída na
Classificação Brasileira de Ocupações (56,1%). Conclusão: Sobre os óbitos
por câncer do colo do útero em Mato Grosso, ressalta-se seu registro entre
mulheres pardas, solteiras, com baixa escolaridade, idade intermediária e
atividades não remuneradas. Os achados demonstram a importância do reconhecimento
do perfil sociodemográfico e a necessidade de reforço nas ações de educação e
assistência preventivas voltadas à saúde da mulher, bem como o adequado
preenchimento da declaração de óbito.