Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2020 Edição: 11 ISSN: 2594-5106

EXPERIÊNCIAS DE FORMAÇÃO DOCENTE EM ESCOLA QUILOMBOLA, INDÍGENA E DO CAMPO: UMA PERSPECTIVA DIALÓGICA

1Mariuce Campos de Moraes,2LARISSA RAFAELA DE SOUZA PINTO,3MARIA DEZIRE NAZARIO DOS SANTOS
1COORDENADOR AUTOR,2BOLSISTA DE EXTENSÃO,3BOLSISTA DE EXTENSÃO
mariucec3@gmail.com

RESUMO

Introdução. Este relato reflexivo sobre a formação inicial de professoras em escolas quilombola, indígena e do Campo foi inspirado no legado pedagógico de Paulo Freire, na Educação Química e no princípio da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão. É de modo indissociável que a sala de aula deixa de ser um espaço de produção de conhecimentos descontextualizados e passa a ser de diálogo com a diversidade de projetos comunitários. As interações promovidas pela Extensão possibilitam maior comunicação dentro e fora da universidade e pesquisar respostas para questionamentos advindos do Ensino de graduação. Objetivo. Relatar e refletir sobre vivências e aprendizados resultantes do convívio com professores e estudantes de escola quilombola, indígena e de assentamento mato-grossense visando compreender interações entre os saberes científicos e das comunidades. Delineamento metodológico. Baseadas em princípios da pesquisa qualitativa recorremos ao relato de experiências como estratégia metodológica, de modo que trazemos descrição e reflexão sobre momentos, acontecimentos e interações marcantes resultantes de dois minicursos propostos a partir do contexto das comunidades. Nessa direção, nos atentamos para o desafio de resgatar e interpretar nossas experiências e de outros discentes da Licenciatura em Química UFMT/Campus Cuiabá, durante as visitas às escolas em que ocorriam processos de formação inicial tais como estágio supervisionado, extensão universitária e outros programas institucionais. Resultados. No minicurso intitulado “O pH do solo e cultivo de minhoca” foram marcantes a identificação de pH com substâncias acessíveis no dia-a-dia e o desenvolvimento de um minhocário. No minicurso chamado “Química e sustentabilidade”, além de estudos conceituais confeccionou-se uma composteira. Considerações finais. As experiências nos possibilitaram vivenciar um ensino voltado para uma leitura de mundo dando ênfase aos fenômenos da natureza e minimizar dificuldades da docência, principalmente no que se refere ao distanciamento entre linguagem científica e linguagem popular.

PALAVRAS-CHAVE

Ensino de Química. Diversidade cultural. Formação de professores.