Introdução. A demanda por recursos minerais, energia e outras matérias primas vem aumentando significativamente. A busca pelos recursos minerais, em especial, tem levado os países emergentes a uma reprimarização de suas atividades econômicas. A disputa pelos recursos minerais representa uma ameaça para a paz e para a segurança da espécie humana. No Mali, os franceses realizam bombardeios com o “fake news” de conter o terrorismo, escondendo a disputa pelo urânio existente na região, explorado pela sua estatal Areva. No Congo, crianças são escravizadas trabalhando em minas de cobalto, sem nenhum equipamento básico de proteção, recebendo US$1,0/dia. Como beneficiários os grandes grupos como Glencore, BHP, Apple, Samsung e Sony. Próximo de nós, o “triangulo do lítio” envolvendo Bolívia, Chile e Argentina é uma das causas da situação social, política e econômica adversa que enfrentam. No caso brasileiro, desde o golpe de 64, há questões do tipo “de quem são os recursos minerais brasileiros”, ou que denunciam “o entreguismo dos minérios”, inclusive no atual governo. Em Mato Grosso, os garimpos e a devastação socioambiental são flagrantes Objetivo. O objetivo do trabalho é estimular o debate nas universidades, nas escolas e se articular com os movimentos sociais ligados aos afetados pela mineração para a construção de um novo modelo minerário. Procedimentos metodológicos. Estão sendo levantados dados junto à diversos movimentos sociais em países da América Latina e, no Brasil, junto ao Movimento pela Soberania Popular na Mineração, além do Plano Nacional de Mineração 2030 e demais atividades oficiais. Resultados. O projeto, iniciado este ano, publicou um capítulo no livro “Impactos dos projetos de mineração: o que sabemos? O que queremos? Para onde vamos” e, submeteu ao 39º Congresso Nacional do Andes-SN o Texto de Resolução “Aumentar o envolvimento com as questões relacionadas à política nacional de mineração e seus impactos socioambientais”, com o objetivo de incorporar o tema nas atividades das seções sindicais.