Nos últimos anos, os avanços frenéticos das modificações econômicas e sociais vem trazendo mudanças no comportamento alimentar da população. Durante a adolescência, os hábitos alimentares e o estado nutricional são decisivos para a situação de saúde do indivíduo ao longo da sua vida. Assim, comparamos com os dados de base populacional (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar-PeNSE, o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional-SISVAN e a Pesquisa de Orçamentos Familiares-POF 2008-2009) com os dados de marcadores de consumo alimentar e antropometria dos participantes das oficinas de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) realizadas na “16ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação”, que ocorreu de 24 e 25 de outubro de 2019, com estudantes do 9º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio matriculados em escolas públicas dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, estado de Mato Grosso. As oficinas buscavam esclarecer os estudantes sobre a importância das ações de VAN na atenção básica, mostrando-lhes as aferições antropométricas, ensinando-lhes a calcular o IMC e a interpretar do resultado, além das atividades de educação alimentar e nutricional que buscavam sanar as dúvidas sobre o que é uma alimentação saudável. Nessa comparação foi verificado que as frequências das variáveis analisadas estão parecidas com o perfil brasileiro e mato-grossense das pesquisas, refletindo a realidade. Portanto, evidencia a relevância dos projetos de extensão como uma resposta rápida ao serviço de saúde, para diagnóstico e monitoramento da sua população, já permitindo uma intervenção, articulando o tripé universitário do ensino, pesquisa e extensão. É necessário o acompanhamento da situação de saúde dos adolescentes e a promoção de informações que transpareçam a complexidade e a dinâmica das mudanças a que está sujeito esse grupo etário físico, psicológico e alimentar.