Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2020 Edição: 11 ISSN: 2594-5106

O impacto da crise do novo coronavírus na atividade econômica do Centro Histórico de Cuiabá – MT

1Silas dos Santos Russani,2Alana Correa de Amorim,3Camila Borges Siqueira,4Caio Vinícius Freitas,5Francisco Eduardo Macedo Saraiva,6 Gabriella Regina Santos Torres,7Luciana Pelaes Mascaro,8Carla Cristina Rosa de Almeida
1BOLSISTA DE EXTENSÃO,2BOLSISTA DE EXTENSÃO,3BOLSISTA DE EXTENSÃO,4BOLSISTA DE EXTENSÃO,5BOLSISTA DE EXTENSÃO,6BOLSISTA DE EXTENSÃO,7COORDENADOR AUTOR,8DOCENTE
silas.srussani@gmail.com

RESUMO

Este trabalho faz parte do Plano de Gestão do Centro Histórico de Cuiabá – MT, financiado pela Parthneship for Action on Green Economy (PAGE), vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU). O Plano de Gestão busca fomentar o desenvolvimento dessa área por meio de estratégias sociais, econômicas e ambientais. O objetivo é fazer uma análise do impacto da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, que levou a proibição do atendimento ao público das atividades consideradas não essenciais do setor de comércio e serviços do Centro Histórico. Para a coleta de dados, aplicou-se um questionário através de telefonemas, entre 28 de abril e 15 de maio de 2020, após liberação das atividades não essenciais, obtendo 98 respostas. Os resultados obtidos referem-se apenas as empresas que sobreviveram ao período de fechamento obrigatório, pois não se tem informações das que decretaram falência nesse período. Dentre as empresas que responderam ao questionário, as atividades econômicas que predominam são “comércio e aluguel de vestuário, acessórios, calçados e artigos de viagem” (16%), “comércio varejista de óptica e relógios” (14%) e “comércio de papelaria ou informática e atividades de edição, impressão, reprodução e diversos” (13%). Em relação ao impacto em seus comércios/serviços devido a pandemia, 73% disseram que afetou muito, 24% moderadamente e 1% não foi afetado. Dessas que foram afetadas pela crise, 98% tiveram queda no seu faturamento. A média da queda no faturamento foi de 69%. A maior parte delas (65%) não precisou demitir funcionários, mas muitas fizeram uso da Medida Provisória 936/2020 do Governo Federal. Cerca de metade das firmas conseguiram atuar a distância e 53% declararam a necessidade de algum tipo de auxílio para continuarem atuando no mercado, sendo que a principal demanda é crédito, seguida de adiamento de prazos para pagamentos de prestações diversas e impostos. Logo observa-se que a crise causada pela pandemia do novo coronavírus prejudicou de forma significativa boa parte dos comércios e serviços do Centro Histórico de Cuiabá.

PALAVRAS-CHAVE

Crise. Novo coronavírus. Centro Histórico.