Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2020 Edição: 11 ISSN: 2594-5106

Marcadores de consumo alimentar de estudantes participantes de oficinas de Vigilância Alimentar e Nutricional em Mato Grosso

1Jessica Almeida Leite,2Brenda da Silva Morais,3Rariza Alves dos Santos,4Stephanie de Aquino Silva,5Patrícia Simone Nogueira,6Bárbara da Silva Nalin de Souza
1VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,2VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,5DOCENTE,6DOCENTE
jessica.leite96@gmail.com

RESUMO

O consumo alimentar de adolescentes tem sido caracterizado pela omissão de refeições, consumo de alimentos de elevado conteúdo energético, pobre em nutrientes e tendências às restrições dietéticas. Desta forma, foi conduzido levantamento do consumo alimentar de estudantes que participaram das oficinas realizadas pelo projeto de extensão “Ciência, Tecnologia e Sociedade”, com o objetivo de caracterizar o consumo alimentar de estudantes da rede pública de ensino de Mato Grosso. Trata-se de estudo descritivo, com dados de estudantes do 9º do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio de 3 escolas públicas. A avaliação do consumo alimentar foi realizada com base no Formulário de Marcadores de Consumo Alimentar na Atenção Básica disponível no SISVAN e frequências relativas foram calculadas. Participaram da atividade 70 estudantes, com idade entre 15 e 21 anos, sendo 52,9% do sexo masculino. Afirmaram realizar diariamente as principais refeições: café da manhã (47,1%), almoço (78,6%) e jantar (68,6%); e consumir alimentos enquanto assistem TV/computador/celular (74,3%). Com relação aos alimentos consumidos no dia anterior, 70% citaram feijão, 78,6% refrigerantes/sucos industrializados e 62,9% biscoito recheado/doces/guloseimas. Destes, 55,1%, 52,7%, 56,8% eram do sexo masculino, respectivamente. Em contrapartida, o consumo no dia anterior de verduras e legumes (55,7%), hambúrguer e/ou embutidos (44,3%) e macarrão instantâneo (24,3%), destacou-se entre as meninas, com os percentuais 56,4%, 54,8%, 52,9%, respectivamente. Frutas (57%) e salgadinhos de pacote (51,4%) não diferiram entre os sexos. Os achados indicam presença de hábitos alimentares não saudáveis entre estudantes de escolas públicas de Mato Grosso. Além da menor prevalência de consumo diário do café da manhã e elevada prevalência de consumo alimentar durante o uso de telas, o consumo recente de ultraprocessados também foi verificado, com destaque para bebidas adoçadas entre meninos. Com isso, percebe-se a importância da promoção de ações que incentivem às escolhas alimentares saudáveis.

PALAVRAS-CHAVE

Consumo de Alimentos. Hábitos Alimentares. Estudantes.