Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2020 Edição: 11 ISSN: 2594-5106

ALTERAÇÕES NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR E EMOCIONAL DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL PELA COVID-19 DE SERVIDORES ATIVOS ATENDIDOS PELO PROJETO CÁRDIO-UFMT 

1NAOEL HASSAN FERES,2JULIANA LARA ALMEIDA,3CARLA GABRIELA DE OLIVEIRA CAMPOS,4CAROLINE CARDOSO FERREIRA FARIA,5CAROLINE MARQUES DE MORAES MENEZES,6MARIA EDUARDA BENÍCIO DE SOUZA,7MARINALVA PRUDENTE CAMPOS SOUZA VERAS,8MONIQUE VANESSA DE AZEVEDO PROENÇA,9SILVIA REGINA DE LIMA REIS
1COORDENADOR AUTOR,2VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,5VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,6VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,7VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,8VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,9DOCENTE
nh.feres@gmail.com

RESUMO

Em dezembro de 2019, após um surto de pneumonia na China, causado pelo SARS-CoV-19, foi descoberto uma doença denominada COVID-19. A Organização Mundial da Saúde decretou pandemia devido ao seu alto potencial de disseminação. Devido ao isolamento social, o projeto CÁRDIO-UFMT teve suas atividades presenciais suspensas. Dessa forma, foram desenvolvidos questionários com o objetivo de identificar possíveis alterações no comportamento alimentar e emocional dos pacientes, bem como orientá-los acerca dos cuidados nutricionais durante o isolamento. O objetivo foi identificar alterações no comportamento alimentar e emocional de servidores ativos de uma universidade pública atendidos em um projeto de extensão. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e quantitativo com dados primários do projeto de extensão “Atendimento nutricional dos servidores ativos - CÁRDIO-UFMT” (SIEX:20848213.1.000.5541). Aplicou-se um questionário semiestruturado de autopreenchimento com perguntas abertas e fechadas via aplicativo de criação de formulários online, sobre às alterações comportamentais durante o isolamento causado pela COVID-19 em abril de 2020. Foram coletadas informações sobre adesão ao isolamento social, estado emocional, padrão alimentar e prática de atividades físicas. O questionário foi enviado apenas para 41 pacientes que estavam em acompanhamento nutricional mais frequente, dos quais 24 responderam, sendo 63% mulheres e 37% homens. Destes, 80,8% estavam em isolamento total e 19,2% parcial. Quanto a alimentação, 65,4% relataram dificuldade em seguir o plano alimentar prescrito e 61,5% passaram a consumir alimentos que não faziam parte da rotina, principalmente ultraprocessados. Cerca de 61,5% relataram ganho de peso e não estavam praticando exercícios físicos. Quanto ao estado emocional, 80,8% se sentiam angustiados, ansiosos e tristes. Os resultados demonstram que o isolamento causou alterações negativas no padrão alimentar e no estado emocional, além de reduzir a prática de atividades físicas, interferindo na qualidade de vida dos pacientes.

PALAVRAS-CHAVE

Isolamento social. Comportamento alimentar. Servidores.