Os estrumes da pecuária representam um recurso valioso e disponível, que utilizado de maneira apropriada tem o potencial de vir a substituir os fertilizantes minerais, pela sua valiosa composição em nutrientes para as plantas. Assim desde 2019 desenvolve-se a criação de coelhos como estratégia de diversificação nas atividades dos pequenos produtores no Assentamento Itamarati, Ponta Porã, MS. Estes comunitários desenvolvem horticultura com base nas técnicas da produção orgânica, onde existem sobras de hortaliças e essa associação dos excedentes da horta com criação de animais herbívoros tem se mostrado uma atividade promissora, onde estes resíduos podem suprir parte da alimentação do coelho e assim ter-se-á uma atividade produtiva que propiciara geração de renda e fonte de proteína, permitindo melhoria na condição das famílias e, especialmente, autonomia do grupo. A cunicultura é uma atividade que apresenta vários coprodutos e subprodutos, como suas fezes. Com intuito de utilizar estes dejetos, a partir de janeiro de 2020, foi dado uma implementada na criação de coelhos na comunidade com doação de mais 05 fêmeas mestiças da raça Califórnia, aptas à reprodução, provenientes de acasalamentos de matrizes e reprodutores alojados nas dependências da Fazenda Experimental de Ciências Agrárias da UFGD. Além das doações, foi dada ênfase a compostagem dos dejetos a para serem usados na horta. A execução destas ações conta com participação de discentes, docentes da UFGD e técnicos da APOMS na acessória da horticultura. Até a presente data, os animais continuam recebendo diariamente hortaliças como complemento em sua alimentação e já foi efetuada a coleta de dejetos e compostagem. Neste contexto, pode-se observar que a cunicultura ganha extrema importância social e ambiental, pois pode contribuir para melhoria na alimentação da população e por meio compostagem de restos orgânicos produzidos pela criação viabiliza a produção de hortaliças de modo orgânico.