Com o passar do tempo a população indígena mudou muito, e uma dessas mudanças foi em relação à alimentação. As comunidades mais próximas à cidade possuem cada vez mais acesso aos alimentos industrializados, em especial as crianças, favorecendo o aumento dos casos de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis. Já nas comunidades mais afastadas, ainda é verificada a carência de alimentos, contribuindo para o aumento de déficits, sendo possível observar a presença de desnutrição. O objetivo do estudo é identificar o estado nutricional e promover a educação alimentar e nutricional de escolares indígenas. O projeto foi realizado em uma escola de ensino fundamental e médio, localizada na Reserva Indígena do município de Dourados MS, na aldeia Jaguapirú. Foram realizadas duas avaliações nutricionais e cinco oficinas com materiais expositivos e dinâmicos, com cinco turmas de terceiro e quarto anos. Nos dias de avaliação nutricional havia 79 alunos presentes, na primeira avaliação. Quanto à Estatura para Idade inicialmente 5% estavam em baixa estatura e 95% com estrutura adequada. Na última avaliação 6% apresentaram baixa estatura e 94% estatura adequada para idade. Em relação ao IMC por idade, inicialmente 78% classificados como eutróficos, 16% com sobrepeso e 6% com obesidade. Ao fim do projeto 14% apresentaram sobrepeso, 79% eutrofia e 7% obesidade. As oficinas de educação nutricional foram bem aceitas pelas crianças e todas realizaram de forma correta as atividades de fixação dos conteúdos. Desse modo, além de promover a educação alimentar e nutricional para as crianças, o projeto é enriquecedor para os acadêmicos, pois possibilita a troca de conhecimento com a população indígena.