Consoante a Organização Mundial da Saúde (OMS), dentre as variedades de trauma, a queimadura é o tipo de lesão mais comum existente que vai desde injúrias leves, como em alguns níveis de queimaduras solares, até danos sérios com perda de função de órgãos e intenso prejuízo para o paciente - podendo até ser letal. Acidentes dessa natureza são evitáveis e ocorrem, na maioria das vezes, por falta de esclarecimento da população a respeito dos fatores de risco que os acarretam. Diante disso, a Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva (LACIPLAR), da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), criou o projeto de extensão “Prevenção e Primeiros Socorros em Queimaduras”. O presente relato, por conseguinte, tem como objetivo evidenciar as atividades engendradas por acadêmicos da UFGD na troca de conhecimentos com a comunidade não acadêmica a respeito da prevenção e primeiros socorros em queimaduras. Para sua realização, o projeto foi então dividido em quatro etapas, com a definição de áreas alvos, seleção de acadêmicos de Medicina membros da LACIPLAR, capacitação dos participantes e execução das atividades programadas. Assim, escolas da rede pública de ensino da cidade de Dourados foram selecionadas para o desenvolvimento do projeto, sendo elas a escola Castro Alves e Presidente Vargas. Nesses ambientes, o público alvo priorizado foram alunos do ensino fundamental. Posteriormente, membros da liga foram escolhidos para executarem as palestras. Já a terceira etapa se deu com a preparação desses indivíduos de maneira interdisciplinar a partir de aulas teóricas e práticas ministradas pelo cirurgião plástico responsável pela liga, Corpo de Bombeiros de Dourados e pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), a fim de que os participantes se tornassem aptos a transmitir informações de qualidade a comunidade. Já a última etapa foi a execução das ações nos locais referidos através de rodas de conversação ativas, demonstrações práticas e distribuição de panfletos. Espera-se que o projeto tenha sido ferramenta de emancipação no processo-saúde doença da população dando autonomia a ela para que lesões advindas de origem térmica, elétrica ou química sejam evitadas ao máximo. Além disso, os acadêmicos participantes desse processo foram beneficiados com vivência em campo, tendo contato com a comunidade, entendendo suas vulnerabilidades e a atendendo da melhor forma.