Introdução: O MultiplicaSSAN é um projeto de extensão popular que trabalha com a formação em Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional (SSAN) e Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável (DHAAS) e tem como base os princípios da educação popular para ampliar a compreensão da SSAN e do DHAAS no cotidiano das práticas alimentares e sociais. Para celebrar os 60 anos de fundação de Brasília, a Faculdade de Ciências da Saúde (FS) promoveu o programa especial de extensão UnB nos 60 anos de Brasília, que envolve atividades desenvolvidas na FS para a construção e fortalecimento do Sistema Único de Saúde. O MultiplicaSSAN foi inserido no escopo do programa a partir do eixo de promoção da saúde para a realização de uma feira agroecológica e mostra fotográfica na Faculdade de Ciências da Saúde. Porém, com a necessidade de distanciamento social, as atividades presenciais foram suspensas e uma nova proposta foi desenvolvida levando-se em conta as medidas de proteção para se evitar o contágio do Sars-Cov-2. Objetivo: Descrever o processo de acompanhamento da equipe do projeto junto as atividades do assentamento Canaã e relatar as impressões da equipe. Metodologia: O enfoque escolhido foi de ações de aproximação com a comunidade do Canaã para promover as relações de confiança e vínculo, precocemente interrompidos. Resultados e discussão: Foram descritas as impressões do grupo acerca dos eventos acompanhados, com destaque para as entrevistas. Foram evidenciadas, nas falas, as principais problemáticas encontradas pelos agricultores/agricultoras. Considerações finais: Os resultados apresentados neste resumo são parciais, pois o processo de acompanhamento e análise do conteúdo das falas ainda não foi concluído. Fica evidente que os camponeses não contavam com assistência de programas sociais/políticas públicas de promoção de saúde e/ou segurança e soberania alimentar e nutricional. Com a chegada da Pandemia esta situação crônica se intensificou. Os agricultores juntamente com os co-agricultores (sociedade) têm conseguido manter uma organização sem gerar descontinuidade no processo produtivo dos alimentos e desabastecimento campo-cidade, mantendo os circuitos curtos de produção ativos. O papel da universidade como impulsionador na formação em relação ao tema da alimentação enquanto um direito humano e social é reconhecido como uma colaboração essencial.