SEMINÁRIO REGIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA REGIÃO CENTRO-OESTE-SEREX Ano: 2020 Edição: 11 ISSN: 9788-599880661
HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA INFLUENCIA NO ASPECTO SOCIAL DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES
ATENDIDAS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
1Sebastião Paulo dos Santos Carvalho,2Fagner Medeiros Alves,3Maria Sebastiana Silva 1MESTRANDO,2DOUTORANDO,3COORDENADOR sebacarvalho@live.com
RESUMO
A hipertensão é uma doença de alta prevalência no
mundo e uma das principais causas de morte relacionada as doenças
cardiovasculares, que afeta sobremaneira a qualidade de vida das pessoas
acometidas. O objetivo desse
trabalho foi comparar a qualidade de vida de mulheres hipertensas e não
hipertensas que participavam de um projeto de extensão, realizado pela
Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás, em
parceria com a Estratégia da Saúde da Família do município de Santo Antônio de
Goiás – Goiás. As 118 participantes responderam dois questionários; um com
informações gerais, sobre aspectos sociais e de saúde e outro de qualidade de
vida (SF-36) que contém oito domínios:
Capacidade funcional, Aspectos físicos, Dor, Estado geral de saúde, Vitalidade,
Aspectos sociais, Aspectos emocionais e Saúde mental. Também foram mensuradas a massa corporal e a
estatura para cálculo do IMC, e aferida a pressão arterial. Os escores dos domínios
da qualidade de vida, a massa corporal, índice de massa corporal e pressão
arterial sistólica e diastólica das mulheres hipertensas e não hipertensas
foram comparados pelo teste t para amostras independentes ou Mann-Whitney. As classificações dos domínios da qualidade de vida foram comparadas
entre os grupos de hipertensas e não hipertensas pelo teste Quiquadrado.As
participantes do projeto de extensão tinham 46,63±13,31 anos de idade, estatura de 156,57±13,57
m, massa corporal de 76,06±15,37 kg, índice de massa corporal de 37,13±72,02
kg/m2, pressão arterial sistólica de 125±19,29 mmHg e diastólica de
78,65±11,50 mmHg. Do total, 39,0% utilizava anti-hipertensivos, 12,4%
hipoglicemiantes e 12,6% antilipidêmicos. Não foi encontrada diferenças
significativas entre os escores dos domínios da qualidade de vida, nem nos
percentuais de adequação entre mulheres hipertensas e não hipertensas. No
entanto, na análise de associação foi identificado que as mulheres hipertensas
tinham odds ratio 0,28 (0,075-1,046)
(p=0,047), de ter pior score do AS da
qualidade de vida em relação as mulheres sem a doença. Os resultados obtidos a
partir do questionário evidencia que a percepção da qualidade de vida entre as
pessoas hipertensas e não hipertensas são muito semelhantes, exceto pelo
aspecto social que parecer pior entre as com a doença.
PALAVRAS-CHAVE
Hipertensão arterial sistêmica. Qualidade de vida. Sistema público de saúde.