SEMINÁRIO REGIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA REGIÃO CENTRO-OESTE-SEREX Ano: 2020 Edição: 11 ISSN: 9788-599880661
PREVALÊNCIA DE
ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO PROVENIENTES
DA REGIÃO PANTANEIRA DA CIDADE DE CÁCERES, MATO GROSSO: UMA AÇÃO DE EDUCAÇÃO E
SAÚDE.
1Lucas França de Barros,2Luan Marcelo Gonçalves Leite,3Geainny Gomes de Souza ,4Antonio Francisco Malheiros 1BOLSISTA DE EXTENSÃO,2VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4DOCENTE lucasmariano.f@gmail.com
RESUMO
As
enteroparasitoses constituem em um dos principais problemas de saúde pública,
apresentando-se em diferentes regiões do Brasil. Podem apresentar estreita
relação com fatores sóciodemográficos e ambientais, tais como: precárias
condições socioeconômicas, consumo de água não tratada, forma de preparo dos
alimentos entre outros fatores, sendo frequentemente a população infantil a
mais atingida. O presente trabalho teve como o objetivo investigar a
prevalência de parasitas intestinais em escolares e os fatores relacionados,
com ênfase na educação e saúde. Neste trabalho foi realizado diagnóstico
enteroparasitológico em crianças matriculadas na Escola São Francisco, na
comunidade Pé de Anta situada no município de Cáceres-MT. Foram
coletadas e analisadas 66 amostras de fezes pelo método de Hoffman, além dos
dados pessoais e parâmetros socioeconômicos. Observou-se a presença de pelo
menos uma espécie de parasita nas amostras. As amostras apresentaram 60% de
positividade para o sexo masculino. O coeficiente geral de prevalência foi de
56,06% e os índices de infecção mais elevados foram observados no grupo etário
de 4 a 10 anos. A espécie de maior prevalência foi Blastocystis spp.. As infecções causadas por protozoários e
helmintos caracterizam-se pelo predomínio monoparasitário em 80% dos casos. Os
resultados foram apresentados à direção da escola, e em seguida foi realizada
palestra com todos os alunos envolvidos no trabalho, afim de enfatizar a
importância da educação na saúde dos escolares. Os alunos relataram o
conhecimento sobre higiene pessoal e saúde, possibilitando a discussão
enriquecedora entre os presentes com destaque na importância do trabalho de
extensão realizado na escola. Concluímos que a prevalência de enteroparasitoses
no grupo estudado é menor do que o esperado para uma comunidade rural com bioma
pantaneiro, o que é, provavelmente, uma consequência das boas condições
sanitárias do local, bem como o conhecimento dos escolares acerca da educação e
saúde. Todavia, é necessário manter atividade de extensão desta natureza com
intuito de sensibilizar os educandos sobre a importância da proteção contra
doenças transmissíveis e a luta pelo direito à saúde. As discussões do processo
de adoecer devem ser continuamente problematizadas no ambiente escolar, para
que no futuro sejam formados cidadãos mais críticos e sadios.