DIALOGANDO SOBRE FUTSAL E GÊNERO:
CONSTRUINDO UM LUGAR DE FALA A PARTIR DE UMA PRÁTICA CORPORAL
1FREDERICO JORGE SAAD GUIRRA,2FREDERICO JORGE SAAD GUIRRA ,3EDUARDA CAROLINA IRBER 1VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,2COORDENADOR,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO fredguirra@uol.com.br
RESUMO
Introdução: O esporte no âmbito escolar,
pode ser palco de reflexões e discussões que ultrapassam a visão tecnicista e
biologicista, tão presentes na área da Educação Física, chamando a atenção para
outras dimensões do corpo, como a social, cultural e psicológica, não sendo o
esporte uma prática com um fim em si mesmo, principalmente no contexto escolar.
Objetivo: Este estudo visa
proporcionar debates sobre gênero, buscando por meio de rodas de conversa
entender quais os motivos que motivam a prática do futsal por alunas do projeto
de extensão. Metodologia: Em um
primeiro momento será realizada à inscrição dos alunos participantes, distribuindo os alunos em
turmas no contraturno escolar duas vezes na
semana. Num segundo momento, serão realizadas atividades tendo o futsal
como elemento de construção para o debate. Utilizando
desses dados, dos treinos e do diálogo por meio de rodas de conversas
(ocorridas após a atividade esportiva), às crianças podem expressar de forma dinâmica as
experiências, ao relacionar o futsal e as avaliações físicas com a vida
cotidiana. Resultados: A partir de
estudos iniciados em 2019, de forma parcial, a participação das mulheres no
esporte e especificamente no futsal, tem sido culturalmente subjugada pelo
gênero, e ainda encontra uma resistência que impacta diretamente na vida das
jogadoras. Neste sentido, as mulheres para se submeterem à prática do futsal
precisam vencer, para além das habilidades físicas e motoras, os preconceitos
socioculturais. Conclusão: Mesmo
neste período de distanciamento social, conclui-se parcialmente que existe uma
representação social implícita, que está presente na expressão corporal,
econômica e sociocultural, refletida nas relações de poderes, no qual, o
esporte se torna um espaço de disputa dos marcadores sociais, neste caso o
gênero. Tais reflexões contribuem na formação dessas crianças, podendo assim, o
esporte ser um espaço crítico, que instiga tolerância e promove a emancipação humana.