A matemática elementar não pode ser vista apenas como um conhecimento puro, mas deve ser compreendida também como um conjunto de saberes que são originários ou que podem ser diretamente aplicados à realidade cotidiana. Ainda assim, muitos estudantes consideram a disciplina abstrata e desinteressante. Cabe, pois, aos professores criar possibilidades para abordar temas e adotar metodologias que privilegiem a criatividade, a ousadia e a experimentação nas aulas de matemática. Nesse contexto, o presente trabalho de pesquisa em interface com a extensão teve como objetivo elaborar e executar uma proposta pedagógica de uso dos códigos de barras nas aulas de matemática. A relevância do trabalho está na possibilidade de ajudar os estudantes a abstrair conceitos, analisá-los e relacioná-los. Trata-se de um trabalho vinculado ao projeto de extensão “Formação de professores de matemática, tecnologias digitais e interação social” e ao Estágio Supervisionado II, do Curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus do Araguaia. Como procedimento metodológico na primeira etapa do trabalho, usamos a pesquisa bibliográfica. Como resultado, conhecemos o desenvolvimento histórico dos códigos de barras e suas evoluções ao longo dos anos, bem como sua estrutura e importância na sociedade e, a partir daí, geramos a proposta de um minicurso. Devido ao isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19, o minicurso foi oferecido por meio da plataforma YouTube. Na sequência do trabalho, analisaremos se o minicurso foi capaz de ilustrar uma relação entre os conceitos matemáticos e a realidade, além de favorecer o estabelecimento de um processo de aprendizagem mais interessante e significativo para estudantes da educação básica. Desde já, há que se pontuar que esse tipo de ação abre um nicho de novas possibilidades formativas para educadores matemáticos que buscam sair do usual e constituir uma ferramenta fundamental para a articulação entre conteúdos teóricos, metodológicos e práticos.