RELATO
DO MANEJO DE ABELHAS SEM FERRÃO NO MELIPONÁRIO DA UFMT/CAMPUS DE SINOP
1CARMEN WOBETO,2Luísa Götz Berghahn,3ESTER CRISTINA SCHWINGEL,4Úrsula Bianchi Valença 1COORDENADOR AUTOR,2BOLSISTA DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO carmenwobeto2014@gmail.com
RESUMO
As abelhas sem ferrão (ASF) são os
principais responsáveis pela polinização de espécies vegetais nativas. Além
disto, apresentam produtos valorizados economicamente como o mel, pólen e
própolis. Porém, algumas espécies de meliponineos estão em processo de desaparecimento,
devido ao desmatamentos, queimadas e perda de seu habitat. A fim de contribuir
com a preservação destas abelhas tem sido desenvolvido, na UFMT-Campus de Sinop,
um programa de extensão, Gaia – Rede de cooperação para sustentabilidade, no
qual estão sendo implantados de sistema agroflorestais (SAF) com introdução de colmeias
de ASF, em pequenas propriedades em Sinop e Cláudia-MT. As atividades de manejo
foram realizadas no meliponário da UFMT, localizado no campus de Sinop (Latitude
11º51’53.0”S, Longitude: 55º28’55.6”O), com cerca de 45 colmeias, das seguintes
espécies: uruçu (Melipona seminigra), benjoí (Scaptotrigona polysticta),
Mandaguari (Scaptotrigona sp.), jataí (Tetragonisca angustula),
iraí (Nannotrigona sp), marmelada (Frieseomelitta sp). As
revisões das colmeias foram realizadas semanalmente para a manutenção do
plantel do meliponário e para proporcionar o aprendizado das técnicas de
criação de ASF. O manejo das colmeias envolveu as seguintes atividades: revisões
das colmeias, fortalecimento das colônias, alimentação das colmeias, divisão de
colônias, controle de inimigos naturais. Nas revisões foram observados os
seguintes aspectos: presença de crias e rainha, quantidade de alimento
disponível, cera mofada ou quebradiça e presença de inimigos naturais. Foram realizadas
seis divisões de Benjoí, quatro divisões de Mandaguari, duas de Jataí e uma de Marmelada.
Foi preparado o alimento proteico fermentado de soja, para abelhas uruçu e o
xarope de água e açúcar 50%, para alimentação suplementar das colmeias. Conclui-se
que as ações de manejo têm contribuído para a aprendizagem das técnicas de
criação de ASF dos acadêmicos envolvidos do programa Gaia, estando os mesmos
aptos a colaborar na multiplicação destes conhecimentos durante a implantação
dos SAF com inserção de meliponíneos.
PALAVRAS-CHAVE
Meliponicultura. Sistemas agroflorestais. Produção de mel.