O
TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES EM MATO GROSSO E AS REFLEXÕES SOBRE A
BIODIVERSIDADE
1Giseli Dalla Nora,2AMANDA ALVES PEREIRA 1COORDENADOR AUTOR,2MESTRANDO giseli.nora@gmail.com
RESUMO
A crise ambiental é
oriunda de uma crise civilizatória, que é marcada pelo consumismo, devastação
dos recursos naturais, e a visão antropocêntrica. Isso é perceptível por meio
das diversas ameaças à biodiversidade, sendo elas: o avanço da agropecuária,
expansão urbana e industrial, utilização depredatória dos recursos naturais,
desmatamento, poluição, e o comércio ilegal de fauna silvestre. O tráfico de
animais silvestres é um dos perigos à diversidade biológica, e pode ocasionar
até mesmo a extinção de espécies em médio e longo prazos, sobretudo para as que
são raras. Por isso, essa pesquisa propõe-se investigar qual a relação entre entregas
voluntárias de animais silvestres e o tráfico de animais no estado de Mato
Grosso, e discorrer sobre essa relação com a educação ambiental dentro da
Geografia. Estão sendo feitos
levantamentos teóricos bibliográficos que abordem a apropriação da natureza
pelo ser humano, legislações que permeiam o meio ambiente, a educação ambiental
e as diversas relações com a fauna silvestre. Primeiro, foi solicitado
autorização de coleta de dados à SEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) e
ao BPMPA (Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental). Após anuência dos
órgãos, o projeto foi submetido na Plataforma Brasil, para aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa com Seres Humanos das Áreas De Ciências Humanas e Sociais
(CEP - Humanidades/UFMT). Após cedida a autorização, serão coletados os dados
dos animais entregues voluntariamente pela população civil entre os anos de
2015 e 2020, e realizadas entrevistas com os policiais acerca dos procedimentos
das entregas de animais. Embora a fauna silvestre seja de extrema importância
para o planeta, observou-se nas buscas realizadas no catálogo da Capes escassos
trabalhos relativos ao tráfico de animais silvestres em Mato Grosso. A educação
ambiental se torna emancipadora ao estabelecer diretrizes para o indivíduo,
quanto ao seu papel como cidadão nos cuidados ambientais em face da relevância
da natureza.