Em 2017 cerca de 4 milhões de crianças morreram no primeiro ano de vida no mundo todo e 5,5 milhões antes de completarem 5 anos. A diarreia e a deficiência nutricional ocupam o 3.º e o 10.º lugar, respectivamente, entre as causas de morte. Uma importante via para o aumento da sobrevida infantil e para alcançar os índices ideais de desenvolvimento e nutrição infantil é a amamentação. Em especial, o aleitamento materno exclusivo (AME) até o 6.º mês de vida, e complementar até 2 anos ou mais. Dado que há uma baixa prevalência do AME no Brasil, a necessidade de estabelecer estratégias e ações que visem a promoção e incentivo ao aleitamento materno (AM) se torna necessária. Portanto, como objetivo do projeto NAAME, está sendo elaborado um fluxograma que possibilitará ao profissional de saúde estabelecer assistência oportuna à lactante diante de adversidades encontradas no período da amamentação. Para isso, de forma colaborativa, os membros do projeto desenharam o fluxo de atendimento e estão desenvolvendo um protocolo baseado em artigos, manuais e relatórios técnicos, que abordam temas sobre intercorrência durante a amamentação. Dentro de cada tema está sendo abordada as causas, consequências, como lidar com as adversidades e o respectivo manejo e prevenção para que elas não ocorram. Ao final da construção de cada tópico, os temas serão organizados em esquema de protocolo para consulta tanto materna quanto do profissional da saúde visando reduzir a prevalência dessas ocorrências, o que diminui também, as taxas de interrupção da amamentação. Espera-se que com a implementação do fluxograma e seus protocolos, ocorra uma maior adesão e conscientização da importância do AME por parte materna e do núcleo de apoio, reduzindo assim o desmame precoce, a malnutrição, a mortalidade e a hospitalização infantil, e a redução de possíveis complicações maternas no puerpério. O AM deve ser cada vez mais incentivado, promovido e apoiado por todos, mães, familiares, profissionais e comunidade em geral.