Roda de Conversa: Ampliando a Visibilidade de Mulheres Cientistas
1Elvis Lira da Silva,2Ana Carolina Carvalhais de Assis,3Elaine de Arruda e Silva,4Viviane dos Santos,5Nattandra Cássia Nascimento Martins,6Rebeca da Silva Araújo,7Carolina Bottosso de Moura 1COORDENADOR,2BOLSISTA DE EXTENSÃO,3BOLSISTA DE EXTENSÃO,4BOLSISTA DE EXTENSÃO,5BOLSISTA DE EXTENSÃO,6BOLSISTA DE EXTENSÃO,7COORDENADOR AUTOR elvis@fisica.ufmt.br
RESUMO
Os problemas de raça e gênero, tão presentes na sociedade, são refletidos também no meio científico/acadêmico, nos mais variados aspectos. No Instituto de Física da UFMT, por exemplo, dos 41 docentes, apenas 4 (9,8%) são mulheres, dessas, apenas 1 é negra (2,4%). A presença feminina nas ciências sempre foi rodeada de preconceito e machismo de uma sociedade que insiste em especificar quais lugares podem ser ocupados por mulheres. O programa Roda de Conversa do projeto Mulheres Nas Ciências foi pensado para promover a visibilidade de mulheres que já atuam no campo científico, como estratégia de fortalecimento da percepção de representatividade e pertencimento junto a meninas e jovens que podem vir a ingressar no mundo acadêmico. Além da ampliação da representatividade em torno do trabalho científico, para além dos referenciais masculinos que já são amplamente divulgados, essa ação contribui para a divulgação dos trabalhos que a universidade desenvolve ao apresentar para a sociedade os trabalhos nela desenvolvidos por meio de uma parcela de suas profissionais. O programa promove a cada 15 dias entrevistas com pesquisadoras-professoras, revelando suas linhas de atuação e seus percursos biográficos. As entrevistas são realizadas, na forma de roda de conversa, no ambiente virtual Google Meet sendo transmitidas pelo canal do projeto no Youtube ao vivo (modelo de live com perguntas do público), e ficam disponíveis para visualização futura. As primeiras entrevistas foram realizadas com as 4 docentes atuais do Instituto de Física da UFMT, e depois mais 5 com pesquisadoras de outras áreas. Segundo as estatísticas realizadas pelo próprio canal do Youtube, nesse primeiro ano de programa, o canal acumula um total de 3,2 mil visualizações, 62% dos espectadores têm idade entre 18 e 24 anos, 64,6% são do gênero feminino e mais da metade dos espectadores usam dispositivos móveis para acessar as lives. O programa tem conseguido alcançar os objetivos de proporcionar maior visibilidade para mulheres cientistas e incentivar mais mulheres a ingressarem no meio acadêmico/científico.