Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2021 Edição: 12 ISSN: 2594-5106

Decifrando a Violência Simbólica com o “Projeto de Extensão “Rede de Proteção à mulher: também Eles por Elas - ‘HeForShe-Dynamis’”

1Valfredo de Andrade Aguiar Filho,2Valdeir Ribeiro de Jesus,3Vitoria Alves Beserra,4Daniel Matias Assis
1COORDENADOR,2DOUTORANDO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4BOLSISTA DE EXTENSÃO
heforshe.dynamis@gmail.com

RESUMO

O presente trabalho parte inicialmente do desenvolvimento de práticas no âmbito do Projeto de Extensão “Rede de Proteção à mulher: também Eles por Elas – ‘HeForShe-Dynamis’ que promove discussão acerca da temática de violência doméstica contra a mulher nos espaços escolares e na sociedade organizada. No intuito de abordar questões que se relacionem para sensibilizar e conscientizar o papel fundamental de homens e meninos como parceiros dos direitos das mulheres e como parceiros igualitários na elaboração e implementação de uma visão comum da igualdade de gênero, é que surge a proposta de trabalhar com rodas de conversas com adolescentes em idade escolar que abordem as formas de violência doméstica, como uma ação extensionista. Para além da tão conhecida violência física existem outras formas de violência, como a violência simbólica. A violência simbólica consiste num conjunto de atitudes e expressões que o(a) agressor(a) faz no sentido de perpetuar-se na condição de privilégio naquela relação, fazendo uso de recursos, símbolos e estratégias de controle sobre a vítima. Um exemplo dessa violência no relacionamento é a necessidade de autorização do(a) companheiro(a) para realização de atos necessários a si e que não geram consequências a mais ninguém. No entanto, tais atitudes são tão sutis que a pessoa que sofre esse tipo de violência não se identifica como vítima e muitas das vezes acaba por aceitar essa condição, perpetuando, assim, a violência no relacionamento, assim, é importante discutir e conhecer mais sobre a violência simbólica. A realização de rodas de conversas com adolescentes torna-se um meio para que eles se informem e se sensibilizem para que possam identificar quando estão, quando reproduzem ou pessoas próximas estão em situações de relacionamento em que ocorre a violência simbólica. Nestas rodas de conversa com os adolescentes são identificadas situações em que autorizações e referendos eram desnecessárias, mas que são comportamentos naturalizados, reiterados e reproduzidos e que configuram violência simbólica.

PALAVRAS-CHAVE

Rodas de Conversas. Violência Doméstica contra a Mulher. Violência Simbólica.