Introdução: Boa parte da população mundial apresenta algumas
características típicas dos portadores do TEA (Transtorno do Espectro Autista),
entre elas as dificuldades do contato visual, do convívio social e as oriundas
das hipersensibilidades (sonora/luminosa/de contato físico). Essas
características neurológicas ou psicomotoras são evidenciadas através de
estereotipias. Em países como Estados Unidos e Inglaterra, a abordagem
desenvolvimentista tem sido o alicerce para as principais intervenções
utilizadas em crianças autistas. No rol das terapias mencionadas pelo
Ministério da Saúde para o tratamento do autismo, se encontram a integração
sensorial, a fonoaudiologia, a terapia ocupacional, a fisioterapia, a análise
do comportamento aplicada e a musicoterapia. Objetivos: Esse trabalho tem por
objetivo avaliar o es efeitos das intervenções musicoterápicas afetivas no
aumento da qualidade de vida de crianças portadoras de TEA em ambiente
controlado. Procedimentos Metodológicos: Através de observação do atendimento de pacientes
em diferentes etapa de tratamento foram coletadas informações a respeito do
desenvolvimento psicomotor, cognitivo e responsorial. Após a anamnese a vivência
do paciente com o musicoterapeuta foi desenvolvida em duas perspectivas
consorciadas através da musicoterapia psicodinâmica: 1) Utilização sistemática
da música e dos seus efeitos: 2) Processo focado na vivência das
manifestações do paciente. Resultados: A afetividade, o acolhimento das crianças e às famílias bem como os estudos
das técnicas musicoterápicas apresentaram excelentes resultados nos
atendimentos na clínica especializada e contou com settings isolados e
equipados com variedade de instrumentos musicais. Conclusão: É possível concluir
que as intervenções musicoteráticas reduziram significativamente as
estereotipias observadas inicialmente. A afetividade associada à terapia foi
ferramenta para a criação do vínculo entre terapeuta e paciente e influenciou
de forma indispensável no desenvolvimento sensorial, cognitivo, comportamental
e emocional de crianças com TEA.