Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2019 Edição: 10 ISSN: 2594-5106

O DIÁLOGO COM A COMUNIDADE ENQUANTO ATO DA LUTA ANTIMANICOMIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

1Lara dos Santos Parnov,2Thainara Cristina Amorim da Silva ,3Vanessa Ferraz Leite,4Camille Francine Modena,5Larissa de Almeida Rezio,6 Samira Reschetti Marcon
1VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,2BOLSISTA DE EXTENSÃO,3DOUTORANDO,4MESTRANDO,5ORIENTADOR,6OUTROS
laraparnov@gmail.com

RESUMO

Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de graduação, pós-graduação e docentes da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) na realização de uma atividade desenvolvida na comunidade para dialogar sobre a Luta Antimanicomial. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciada por discentes e docentes na realização de uma atividade desenvolvida na comunidade. A ação ocorreu no dia 17 de maio de 2019, na praça Alencastro de Cuiabá-MT. As pessoas eram abordadas a fim de dialogar sobre a Luta Antimanicomial e a estratégia utilizada foi a leitura e discussão de poesias que versavam sobre saúde mental e que foram produzidas por usuários e profissionais de serviços de saúde mental do Brasil. Resultados: As abordagens demonstraram que as pessoas desconhecem o assunto específico da luta e também que existe uma rede de atendimento, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Algumas vivenciam com familiares e amigos com sofrimento mental, porém persistem a presença vergonha e o preconceito e dificuldades com o cuidado ao “doente”. A insegurança sobre a nova política de saúde mental também sobressaiu nas falas. Considerações finais: É no contexto da Reforma Psiquiátrica que esta ação foi articulada e superando as expectativas, ocorreu de forma positiva por meio da interação com as pessoas, com diálogos construtivos, e se surpreendendo com a atenção que a população proporcionou ao ato, mesmo diante do desconhecimento relacionado às questões políticas, sociais e assistenciais da saúde mental. Deste modo, enfatizamos que a luta foi e será possível apenas se “todos” compreenderem que “trancar não é tratar”. 

PALAVRAS-CHAVE

Reforma Psiquiátrica, Saúde Mental, Luta Antimanicomial