APRENDIZAGEM
DE LÍNGUA INGLESA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NA PERSPECTIVA DO
LETRAMENTO CRÍTICO E DOS MULTILETRAMENTOS
1Danie Marcelo de Jesus,2Douglas Edson de Araujo Ribeiro 1COORDENADOR,2MESTRANDO daniepuc@gmail.com
RESUMO
A Universidade Pública, como um espaço acadêmico, plural e diverso, tem
um papel fundamental a cumprir com a inclusão social. Baseando nesse
pensamento, foi realizado o curso de Extensão Universitária do Instituto de
Linguagens da UFMT denominado “Curso de Língua Inglesa para alunos com
deficiência visual”, que ocorreu em contexto de ensino remoto pautado no letramento
crítico e nos multiletramentos no ano de 2022 com o público-alvo de deficientes
visuais da comunidade interna e externa da UFMT. As aulas foram desenvolvidas
sob a perspectiva metodológica da Abordagem Comunicativa, conforme
versa Figueiredo e Oliveira (2012), tendo como suporte mediador as
tecnologias digitais de informação e comunicação, principalmente a plataforma
Google Meet, em que foram desenvolvidas as aulas e a plataforma de comunicação
Whatsapp. Os principais gêneros utilizados para o desenvolvimento das aulas e
atividades complementares foram: slide com fonte ampliada, arquivo de áudio mp3
com sintetizadores de voz, podcast, documentos de texto com a transcrição dos podcasts
e áudio de Whatsapp, essa pluralidade de gêneros e suas multimodalidades
fizeram com que as aulas abrangessem diversas experiências semióticas no
processo de ensino-aprendizagem, sendo, consequentemente, mais inclusivas.
Os dados foram coletados por meio de análise qualitativa das aulas online e das
interações em chat, tendo como resultados a constatação: a) que o processo de
aprendizagem se deu pela interação colaborativa entre alunos e professor no
processo de construção do conhecimento e b) que o letramento crítico e
multiletramentos afiguraram abordagens inclusivas para o ensino de língua,
promovendo atendimento às necessidades educacionais específicas dos alunos com
deficiência visual. Assim, os alunos colaboraram no processo de construção dos
saberes, trazendo diálogos críticos sobre suas vivências como pessoas cegas ou
com baixa visão na sociedade, e também participaram ativamente na produção de
podcasts com o professor, por meio de áudio no aplicativo Whatsapp.