A equoterapia é uma prática terapêutica realizada com o intermédio do cavalo conduzida por uma equipe multidisciplinar, que envolve profissionais da área da saúde, educação e equitação. O cavalo serve como instrumento cinesioterapêutico por possuir sua andadura similar ao andar do ser humano, com movimento rítmico e tridimensional que estimula o praticante a constantemente realizar ajustes tônicos que promovem o fortalecimento muscular. Além disso, a interação harmônica com o animal promove o desenvolvimento psicossocial e emocional. O objetivo deste trabalho é relatar o estudo de caso de uma praticante atendida no Centro de Equoterapia (CEEQ) da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá, através do projeto Spirit, para pessoas com microcefalia, paralisia cerebral e síndrome de down. A metodologia utilizada neste estudo foi uma investigação qualitativa a partir de parâmetros coletados em uma ficha de avaliação de cada sessão. Os atendimentos no CEEQ ocorrem no período matutino, uma vez por semana e cada sessão tem 30 minutos de duração e a equipe responsável é composta por estudantes de vários cursos além de profissionais. A praticante em questão é uma mulher adulta que, além da equoterapia, também faz acompanhamento de fisioterapia. Reiniciou a prática da equoterapia em abril deste ano. Em relação aos resultados preliminares, percebe-se, a cada dia, maior mobilidade e ganho de amplitude de movimento dos membros inferiores, e se propõe que até o fim dos atendimentos ganhe a melhora do equilíbrio e fortalecimento muscular. Ademais, as intervenções realizadas visam promover desenvolvimento pessoal, autonomia e reconhecimento dos limites do próprio corpo, visto que incluindo a praticante no planejamento dos exercícios propostos em conjunto com a equipe se promove o sentimento de pertencimento e validação. Sendo assim, o trabalho feito durante as sessões tem o propósito de estimular corpo e mente, ultrapassando os objetivos previamente estipulados, uma vez que os avanços também ultrapassam as expectativas.