No ano de 2020, um dos maiores desastres ambientais da história acometeu o pantanal mato grossense, o fogo que consumiu mais 3.909.075 hectares (26% do bioma), causou danos irreparáveis a fauna e flora locais. O Setor de animais silvestres (SAS) do HOVET UFMT, em resposta ao advento, restringiu seus atendimentos unicamente aos indivíduos acometidos pelo desastre. O presente relato, visa demonstrar o número de animais atendidos pelo setor durante o período de Agosto a Dezembro de 2022 e ressaltar a importância da existência de uma estrutura como a do SAS UFMT para a sociedade mato-grossense. Para a elaboração do estudo, foram realizadas analises dos prontuários clínicos de 61 pacientes vítimas de queimada atendidos no período supracitado. Os dados adquiridos foram compilados em Excel© e classificados nas categorias: Aves, repteis e mamíferos, para realização de avaliação estatística simples. De acordo com os dados obtidos: 50,8% (n=31), dos atendimentos correspondiam a mamíferos, 44,2% (n=27) a aves e 5% (n=3) a repteis. Através da avaliação estatística foi possível observar, que desde a sua fundação, no ano de 2012, o SAS do HOVET UFMT nunca havia prestado atendimento a tantos animais vitimas de queimadas como no ano de 2020. Dados esses, que demonstram que apesar das queimadas naturais fazerem parte do ciclo do bioma pantaneiro, a ação antrópica tem causado cada vez mais impacto negativo na fauna região. A importância da existência de uma estrutura como a do SAS UFMT para a sociedade Mato-grossense, é inestimável. Uma vez que o estado de Mato Grosso, abriga três dos quatro biomas brasileiros, e não possui estrutura governamental para amparo de fauna silvestre vítima de ação antrópica.