Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2023 Edição: 14 ISSN: 2594-5106

LINHA DE CUIDADO AO PORTADOR DE DOENÇA CRÔNICA NÃO-TRANSMISSÍVEL: Desafios e proposições para gestão e assistência.

1Neudson Johnson Martinho,2David Montanha Portella ,3Dinalva Maria de Souza,4Jason Henrique Batista ,5Drielle Venâncio Bignarde
1COORDENADOR AUTOR,2VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,5COMUNIDADE EXTERNA
neudson.martinho@ufmt.br

RESUMO

As linhas de cuidados definem as ações e os serviços que devem ser desenvolvidos nos diferentes pontos de atenção de uma rede de saúde, seja em atenção primária, secundária ou terciária, assim como nos sistemas de apoio (BRASIL, 2010; INCA, 2017). O município de Cuiabá-MT vem apresentando elevada incidência e prevalência de doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) em sua população, se caracterizando como um dos grandes desafios para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), sendo a implementação de uma linha de cuidados uma estratégia promissora. Frente a este quadro, o grupo 5 do Programa de Educação pelo Trabalho (PET Saúde – Gestão e Assistência) da UFMT em parceria com a SMS de Cuiabá-MT, desenvolveu um projeto de extensão objetivando delinear coletivamente uma linha de cuidados para DCNT em uma Unidade de Estratégia em Saúde da Família (ESF). A metodologia utilizada é da roda de conversa com base na pedagogia freiriana, considerando a intencionalidade em construir novas possibilidades que se abrem ao pensar, num movimento contínuo de perceber – refletir – agir – modificar, onde os participantes podem se reconhecer como condutores de sua ação e da sua própria capacidade em “ser mais” (SAMPAIO et al, 2014). Durante as rodas de conversas foram identificados desafios políticos, culturais e estruturais que perpassam a efetivação da referida linha de cuidados, sendo a (in)sensibilidade da Gestão Municipal quanto a melhoria do sistema de informação, tornando-o unificado, integrado, mais rápido, assim como, a não capacitação dos profissionais de saúde para o trabalho interprofissional, evidenciados como pontos cruciais. Concluímos que delinear e implantar uma linha de cuidados é uma ação política e complexa, porém viável, desde que exista vontade e comprometimento dos gestores, profissionais de saúde, universidades e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Não existem soluções simples para situações complexas, entretanto, o mundo é feito de possibilidades, sendo necessário o desejo em realizar mudanças com atitudes coletivas e politizadas.

PALAVRAS-CHAVE

Linhas de Cuidado. Doenças Crônicas Não -Transmissíveis. Desafios.