Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2023 Edição: 14 ISSN: 2594-5106

Cuidados paliativos para pacientes com Glioblastoma (GBS) e sua família: Perspectiva interprofissional.

1Neudson Johnson Martinho,2RODRIGO RAMOS RODRIGUES TEIXEIRA,3ALLINI BIZERRA AMARAL,4YURY RAPHAELL CORINGA DE SOUZA,5IVONEY DA SILVA BORGES,6THAYSSA SOARES DE SOUZA
1COORDENADOR AUTOR,2VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4BOLSISTA DE EXTENSÃO,5VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,6VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO
neudson.martinho@ufmt.br

RESUMO

O glioblastoma (GBS) é um tumor cerebral altamente maligno, embora sua incidência seja relativamente baixa, seus impactos são significativos devido ausência de tratamentos curativos eficazes e à natureza agressiva da doença, tornando o prognóstico reservado e o paciente à cuidados paliativos. O trabalho interprofissional é essencial, considerando a complexidade biopsicossocial que atravessa esse processo de adoecimento tanto para o paciente, quanto para a família. Frente a esta problemática, o grupo de pesquisas PINEDUTS da Faculdade de Medicina da UFMT, campus Cuiabá, desenvolveu um projeto de extensão tecnológica objetivando contribuir para amenizar o sofrimento físico e psíquico do paciente, família e profissionais de saúde através de ações de educação em saúde subsidiadas na teoria da psicoeducação. O mesmo foi desenvolvido com a equipe interprofissional de um hospital público em Cuiabá-MT que atende portadores de GBS. A metodologia utilizada foi da roda de conversa permeada por temas geradores dialogados com base na teoria supracitada. Os fenômenos apreendidos nas rodas demonstraram que o agir dos profissionais de saúde são permeadas por diversos sentimentos quanto a finitude da vida e aos cuidados paliativos, caracterizados por: naturalidade; compaixão; empatia; ambiguidade (tristeza e revolta), conflitos internos em lidar com a iminência da morte e a negação da família. Concluímos a partir das narrativas dos participantes que estes não se sentem emocionalmente e tecnicamente preparados para comunicar notícias difíceis sob o ponto da vista clínico, lhe dar com o sofrimento psíquico da família, assim como,para os cuidados paliativos em sua dimensão ontológica. A humanização e o vínculo entre profissional, paciente e família é de extrema importância no processo de paliação, porém, a universidade ainda não está ensinando adequadamente os profissionais nesta dimensão do cuidar, sendo necessário que a formação seja repensada e que outros projetos desta natureza sejam desenvolvidos e apoiados, considerando que este foi pioneiro no Estado de Mato Grosso.

PALAVRAS-CHAVE

Glioblastoma. Cuidados Paliativos. Equipe Interprofissional.