Cuidados
paliativos para pacientes com Glioblastoma (GBS) e sua família: Perspectiva interprofissional.
1Neudson Johnson Martinho,2RODRIGO RAMOS RODRIGUES TEIXEIRA,3ALLINI BIZERRA AMARAL,4YURY RAPHAELL CORINGA DE SOUZA,5IVONEY DA SILVA BORGES,6THAYSSA SOARES DE SOUZA 1COORDENADOR AUTOR,2VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4BOLSISTA DE EXTENSÃO,5VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,6VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO neudson.martinho@ufmt.br
RESUMO
O glioblastoma (GBS) é
um tumor cerebral altamente maligno, embora
sua incidência seja relativamente baixa, seus impactos são significativos devido ausência de tratamentos curativos eficazes e à natureza agressiva da doença, tornando o prognóstico reservado e o paciente à cuidados paliativos. O trabalho interprofissional é essencial, considerando a complexidade biopsicossocial que
atravessa esse processo de adoecimento tanto para o paciente, quanto para a
família. Frente a esta problemática, o grupo de pesquisas PINEDUTS da Faculdade
de Medicina da UFMT, campus Cuiabá, desenvolveu um projeto de extensão tecnológica objetivando
contribuir para amenizar o sofrimento físico e psíquico do paciente, família e
profissionais de saúde através de ações de educação em saúde subsidiadas na teoria da psicoeducação. O mesmo foi desenvolvido com a equipe
interprofissional de um hospital público em Cuiabá-MT que atende portadores de
GBS. A metodologia utilizada foi da roda de conversa permeada por temas
geradores dialogados com base na teoria supracitada. Os fenômenos apreendidos nas
rodas demonstraram que o agir dos profissionais de saúde são permeadas por diversos sentimentos
quanto a finitude da vida e aos cuidados paliativos, caracterizados por: naturalidade; compaixão; empatia; ambiguidade (tristeza e revolta), conflitos internos em lidar com a iminência da morte e a negação da família. Concluímos a partir das narrativas dos participantes que estes não
se sentem emocionalmente e tecnicamente preparados para comunicar notícias difíceis
sob o ponto da vista clínico, lhe dar com o sofrimento psíquico da família, assim como,para os cuidados paliativos em sua dimensão ontológica. A humanização e o vínculo entre profissional, paciente e família é de extrema importância no processo de paliação, porém, a universidade
ainda não está ensinando adequadamente os profissionais nesta dimensão do cuidar, sendo necessário
que a formação seja repensada e que outros projetos desta
natureza sejam desenvolvidos e apoiados, considerando que este foi pioneiro no
Estado de Mato Grosso.
PALAVRAS-CHAVE
Glioblastoma. Cuidados Paliativos. Equipe Interprofissional.