Desenvolvimento de habilidades para
comunicação de más notícias ao paciente com glioblastoma e sua família: Uma
urgente necessidade na formação dos profissionais de saúde.
1Neudson Johnson Martinho,2Yury Raphaell Coringa de Souza,3Rodrigo Ramos Rodrigues Teixeira,4Ivoney da Silva Borges,5Thayssa Soares de Souza,6Allini Bizerra Amaral 1COORDENADOR AUTOR,2BOLSISTA DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,5VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,6VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO neudson.martinho@ufmt.br
RESUMO
O glioblastoma (GBS) é
o tumor cerebral primário maligno mais comum em adultos, com idade média
inicial de 55-60 anos. Apesar de apresentar baixa prevalência, quando
diagnosticado tem um péssimo prognóstico,
por ainda não existir tratamento que resulte na sua cura. Sendo
que a
sobrevida dos seus portadores varia
de 1,5 a 2 anos, fato
que causa enorme sofrimento psíquico e físico ao
paciente e seus familiares, considerando o
risco iminente de morte. A habilidade da equipe interprofissional para a
comunicação de más notícias frente a um diagnóstico difícil como o GBS é de extrema importância,
porém, maioria dos profissionais de saúde não a tem desenvolvida. Tal problemática levou o grupo de Pesquisas Interprofissionais em Educação e
Tecnologia em Saúde (PINEDUTS) da Faculdade de Medicina, desenvolver um projeto de extensão tecnológica
objetivando proporcionar aos
profissionais de saúde conhecimentos
que os
possibilitem competência comunicacional frente às más notícias, visando
contribuir para amenizar a dor emocional do paciente e seus entes queridos. Para execução
do mesmo, foi utilizada a metodologia da roda conversa subsidiada na teoria da
psicoeducação, sendo realizada quatro rodas
de conversas com a equipe interprofissional do Hospital Municipal
São Benedito de Cuiabá - MT. Estas rodas possibilitaram evidenciar que a maioria
dos profissionais tem dificuldade em comunicar más notícias, sendo necessário um melhor preparo técnico e a troca de experiências entre a equipe, assim como, ficou claro que a forma como a notícia é transmitida
é tão importante quanto o conteúdo, influenciando no recebimento e "aceitação" desta pelo paciente e familiares. Concluímos que
o trabalho colaborativo interprofissional é necessário para suporte técnico e emocional da
equipe entre si e, que se faz urgente e necessária ações de educação em saúde nos hospitais para
o desenvolvimento desta habilidade comunicacional, devendo os cursos de graduação da área de
saúde melhor prepararem os profissionais para esta dimensão humanizada do cuidado
ao paciente crítico e sua família.
PALAVRAS-CHAVE
Educação em Saúde. Habilidades de Comunicação. Glioblastoma.