Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2023 Edição: 14 ISSN: 2594-5106

Análise do perfil dos meliponicultores do Estado de Mato Grosso

1Geraldo Mariano Soares,2ADRIANO CIRINO TOMAZ,3Francisco Sérgio Neres,4Keven Klarck Queiroz Alves,5Thiago Henrique Almeida Silva,6Joice Kely Souza Santos
1BOLSISTA DE EXTENSÃO,2ORIENTADOR,3DOUTORANDO,4VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,5VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,6VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO
geraldosoares76@hotmail.com

RESUMO

A meliponicultura, ou criação de abelhas nativas sem ferrão, além de ajudar na preservação destes importantes polinizadores, pode ser uma importante fonte de renda para pequenos produtores pela venda de mel, pólen, própolis ou enxames. Porém, a atividade ainda é pouco difundida no Estado do Mato Grosso. O objetivo do trabalho foi realizar o diagnóstico do perfil dos meliponicultores do estado do Mato Grosso. O diagnóstico foi realizado entre os dias 08 a 27/02/2023 por meio de formulário no “Google Forms”, sendo levantadas informações sobre: tempo de exercício na meliponicultura, número total de enxames e espécies de abelhas criadas, tipo de pasto meliponícola utilizado, objetivos principais com a atividade e os principais problemas no desenvolvimento da atividade. No total, participaram da pesquisa 17 meliponicultores. Os resultados indicam que 82% dos meliponicultores estão na atividade há menos de 5 anos, 66% possuem menos de 20 enxames, 76% criam menos de 10 espécies, a maioria utiliza mata nativa como pasto meliponícola e grande parte da meliponicultura ocorre em área urbana. Os 17 meliponicultores possuem um total de 25 espécies de abelhas pertencentes a 12 gêneros, destacando-se os gêneros Melipona sp. e Scaptotrigona sp. As espécies mais citadas foram a Mandaguari (Scaptotrigona postica), Jataí (Tetragonisca angustula), Marmelada (Frieseomelitta varia), Borá (Tetragona clavipes), Mirim (Plebeia minima) e Uruçu Amarela (Melipona rufiventris). Os objetivos principais no exercício da meliponicultura são o desenvolvimento de atividades de Pesquisa, ensino, extensão, hobby e conservação ambiental e os principais gargalos são a falta de incentivo e apoio do poder público e a falta de conhecimento técnico. Assim, podemos concluir que a meliponicultura é realizada principalmente por pequenos meliponicultores com objetivos não comerciais. Assim, deve-se estimular a expansão da meliponicultura como atividade econômica. No entanto, destaca-se a importância dos pequenos meliponicultores na conservação de grande diversidade de espécies dessas importantes abelhas.

PALAVRAS-CHAVE

abelhas nativas sem ferrão, Scaptotrigona, Melipona