Por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (FAPEMAT), o GPEA - Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte da Universidade Federal de Mato Grosso, foi beneficiado para coordenar uma “Rede Internacional de Educação Ambiental e Justiça Climática (REAJA). A Reaja compreende que as mudanças climáticas têm interferência direta e indireta das atividades humanas e que os efeitos serão catastróficos. Das violações de direitos humanos às perdas ambientais, os grupos sociais em situação de vulnerabilidade serão os mais atingidos. Ainda que a natureza consiga se recompor ecologicamente, há previsões de que as catástrofes serão irreversíveis e fatais, inclusive com sérios agravos ao próprio planeta. Pensando nisto, em maio de 2018, o GPEA/ UFMT realizou um processo formativo na comunidade negra quilombola de Mata Cavalo, no município de Nossa Senhora do Livramento – MT.  O objetivo consistiu em compreender o fenômeno atmosférico, e criar mídias que possibilitassem comunicar os efeitos das mudanças climáticas, via um diálogo pedagógico com a escola e a comunidade. Optando pela metodologia cartografia do imaginário, foi proposto a construção pedagógica via oficinas subsidiadas pelos arquétipos dos quatro elementos: água (gênese, formação), terra (labirinto, deformação), fogo (desejos, transformação) e ar (imaginação, reformação). Neste processo formativo acreditamos ser possível pensar a cartografia como uma intervenção ou atividade participativa e avaliamos que as cartografias construídas coletivamente são significativas diante da mudança climática e desastres ambientes atualmente tão presentes e inegáveis. Estas avaliações foram possíveis em razão das observações das mudanças e ações comportamentais individuais e do grupo participante mediante registros fotográficos, audiovisuais e escritos apresentados.