Adequação de espaço escolar: conforto ambiental e autonomia para alunos com deficiências cognitivas e físico-motoras de médio e alto graus
1Dorcas Florentino de Araújo,2Amanda Arantes Vargas,3Evelyn Rinaldi de Oliveira,4Gabriel da Silva Matricardi,5Letícia Maciel de Azevedo,6Samara Cristina Amaral Raymundo,7Kathleen Paula Dourado,8Lucélia Cristina Barcelos,9Elisa Pagliarini Cox 1COORDENADOR AUTOR,2ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,3ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,4ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,5ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,6ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,7ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,8ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,9ORIENTADOR dorcas.araujo@ufmt.br
RESUMO
Este trabalho relata o projeto de adequação de espaço da escola Estadual de Ensino Especial Livre Aprender, realizado nos anos de 2022 e 2023. Trata-se de uma escola especializada em educar pessoas com limitações cognitivas e físico-motoras de graus médio e alto, adultas. A busca por um projeto de adequação do espaço teve origem na gestão escolar, com base nas atividades cotidianas, que evidenciaram a não adaptação da edificação às necessidades dos alunos e cuidadores; o que gerou ambientes incapazes de garantir a segurança e conforto aos usuários. Dessa forma, foi estabelecido que o objetivo geral do projeto foi restaurar a segurança, independência e conforto dos usuários, adequando a rampa, instalando apoios no corredor visando maior autonomia nas circulações, reestruturar os banheiros, adequação de piscina, cozinha experimental e adequando as áreas antes ociosas, para uso de campo para lazer com bola, sala para atender melhor aos alunos com Transtorno do Espectro Autista, e adequação da horta existente. O projeto teve início com reuniões participativas, com o grupo escolar e representante da comunidade familiar, e visita aos ambientes da escola. Obteve-se os dados métricos, fotográficos, e o registro das demandas de intervenções nos espaços escolares. Seguiu-se o processo projetual, desenvolvido pelos alunos, sob orientação de duas professoras do Departamento de Arquitetura e Urbanismo. Os locais para intervenção foram compilados e divididos por duplas de alunos, com reuniões periódicas do grupo e com a gestão da escola, para discutir as propostas e dar novos encaminhamentos ao projeto. Os resultados começaram a se mostrar a partir da execução da horta, adaptada para incluir a manipulação pelos alunos cadeirantes e com outras limitações. O projeto dos demais ambientes foi apresentado e aprovado pela gestão escolar. Conclui-se assim a importância do estudo de campo quando o assunto é acessibilidade, não apenas tornando as atividades possíveis para essas pessoas, mas provendo de dignidade à pessoa humana, com espaços que promovam maior autonomia e conforto ambiental.
PALAVRAS-CHAVE
Projeto de Arquitetura, acessibilidade escolar, dificuldades cognitivas e físico-motoras.