Repensando
espaço escolar: áreas ociosas sendo potencializadas para atender demanda de
alunos com deficiências cognitivas e psicomotoras
1Elisa Pagliarini Cox,2Gabriel da Silva Matricardi,3Letícia Maciel de Azevedo,4Samara Cristina Amaral Raymundo,5Amanda Arantes Vargas,6Evelyn Rinaldi de Oliveira,7Kathleen Paula Dourado,8Lucélia Cristina Barcelos,9Dorcas Florentino de Araújo 1ORIENTADOR,2ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,3ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,4ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,5ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,6ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,7ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,8ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,9COORDENADOR elisa.cox@ufmt.br
RESUMO
A Escola Estadual de Ensino Especial
Livre Aprender trabalha no ensino e desenvolvimento de 160 alunos com deficiências
cognitivas e psicomotoras, de médio e auto grau e buscou o departamento de
Arquitetura e Urbanismo/UFMT para elaboração do projeto de adequação, diante
das especificidades demandadas pelo próprio público diferenciado e dificuldades
na obtenção de projetos de reforma desse tipo. Um dos objetivos do projeto,
tratado neste resumo, são as intervenções em áreas subutilizadas resultadas das
decisões do projeto original descoladas do contexto ambiental de Cuiabá e
perfil dos alunos. Por conta da incidência solar, o campo e piscina não são
utilizados, contudo, a hidroterapia e esportes físicos são essenciais para
desenvolvimento do aluno, junto à conscientização ambiental proporcionada pela
horta, por isso, revestimentos e cobertura foram repensados à luz da
regionalidade e demandas específicas da legislação local. A cozinha
experimental é ociosa por não possuir dimensões adequadas para os alunos mais
debilitados desenvolverem autonomia no manuseio de ferramentas de uso diário,
portanto, será expandida e recebeu projeto de mobiliário. A sala sensorial foi
projetada para fisioterapia e desenvolvimento psicomotor, além de um elevador
no corredor para comodidade de alunos com mobilidade reduzida. A metodologia se
baseou em reuniões constantes, levantamento in
loco e consultas às normas de acessibilidade e ergonomia. Assim, foram
estabelecidas frentes de atuação a partir da prioridade estabelecida nas
reuniões com o corpo docente da escola. A aprovação das intervenções se deu com
adequações sintetizadas em diálogos entre o conhecimento dos profissionais e
estudantes da arquitetura e a realidade vivida pelos funcionários. A razão do
projeto existir entende portanto que utilizar o espaço existente com eficiência
também é uma forma de olhar com dignidade para a parcela da população que
cotidianamente é excluída das atividades no meio urbano e que encontrará no
ambiente estudantil uma realidade diferente que a capacitará para lidar com as
dificuldades do dia a dia.