Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2023 Edição: 14 ISSN: 2594-5106

Repensando espaço escolar: áreas ociosas sendo potencializadas para atender demanda de alunos com deficiências cognitivas e psicomotoras

1Elisa Pagliarini Cox,2Gabriel da Silva Matricardi,3Letícia Maciel de Azevedo,4Samara Cristina Amaral Raymundo,5Amanda Arantes Vargas,6Evelyn Rinaldi de Oliveira,7Kathleen Paula Dourado,8Lucélia Cristina Barcelos,9Dorcas Florentino de Araújo
1ORIENTADOR,2ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,3ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,4ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,5ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,6ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,7ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,8ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,9COORDENADOR
elisa.cox@ufmt.br

RESUMO

A Escola Estadual de Ensino Especial Livre Aprender trabalha no ensino e desenvolvimento de 160 alunos com deficiências cognitivas e psicomotoras, de médio e auto grau e buscou o departamento de Arquitetura e Urbanismo/UFMT para elaboração do projeto de adequação, diante das especificidades demandadas pelo próprio público diferenciado e dificuldades na obtenção de projetos de reforma desse tipo. Um dos objetivos do projeto, tratado neste resumo, são as intervenções em áreas subutilizadas resultadas das decisões do projeto original descoladas do contexto ambiental de Cuiabá e perfil dos alunos. Por conta da incidência solar, o campo e piscina não são utilizados, contudo, a hidroterapia e esportes físicos são essenciais para desenvolvimento do aluno, junto à conscientização ambiental proporcionada pela horta, por isso, revestimentos e cobertura foram repensados à luz da regionalidade e demandas específicas da legislação local. A cozinha experimental é ociosa por não possuir dimensões adequadas para os alunos mais debilitados desenvolverem autonomia no manuseio de ferramentas de uso diário, portanto, será expandida e recebeu projeto de mobiliário. A sala sensorial foi projetada para fisioterapia e desenvolvimento psicomotor, além de um elevador no corredor para comodidade de alunos com mobilidade reduzida. A metodologia se baseou em reuniões constantes, levantamento in loco e consultas às normas de acessibilidade e ergonomia. Assim, foram estabelecidas frentes de atuação a partir da prioridade estabelecida nas reuniões com o corpo docente da escola. A aprovação das intervenções se deu com adequações sintetizadas em diálogos entre o conhecimento dos profissionais e estudantes da arquitetura e a realidade vivida pelos funcionários. A razão do projeto existir entende portanto que utilizar o espaço existente com eficiência também é uma forma de olhar com dignidade para a parcela da população que cotidianamente é excluída das atividades no meio urbano e que encontrará no ambiente estudantil uma realidade diferente que a capacitará para lidar com as dificuldades do dia a dia.

PALAVRAS-CHAVE

Acessibilidade, ambiente estudantil, arquitetura