ORGANIZAÇÃO SOCIAL DAS COMUNIDADES
ATENDIDAS PELO PROJETO DO CAMPO A MESA NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA
1Larissa Gomes Garcia da Silva,2Henderson Gonçalves Nobre 1BOLSISTA DE EXTENSÃO,2DOCENTE lariggarcia.10@gmail.com
RESUMO
A transição
agroecológica traz consigo um processo que vai para além de mudanças na dimensão técnica/produtiva da monocultura para o Sistema de Agrofloresta
(SAF´s). Mas também abarca outras dimensões que envolvem as relações de trabalho, com a natureza, a organização e principalmente como resistem frente ao sistema hegemônico do Agronegócio, visibilizando e fortalecendo seus saberes tradicionais. Afim de
contribuir com a autonomia dos agricultores e agricultoras no processo de
transição agroecológica, o projeto “Do Campo à Mesa”: fortalecimento de cadeias
produtiva sustentáveis em redes de cooperação solidária atuou de 2021 a 2023 por
meio de 04 eixos, sendo eles a organização social, transição agroecológica, agroindustrialização e comercialização no Território da
Baixada Cuiabana. O trabalho contempla o objetivo de expor a importância tanto da organização social das comunidades quanto de metodologias participativas utilizadas nas atividades do projeto.
Para alcançar os objetivos almejados a equipe técnica se aproximou inicialmente da realidade das
famílias nos primeiros meses de 2021 com aplicação do diagnóstico comunitário participativo
em que foram levantadas informações essenciais com a intenção de compreender o contexto histórico e as particularidades de cada comunidade atendida. Além
disso, através da FOFA (Fortalezas, Oportunidades,
Fraquezas e Ameaças) aplicado em cada comunidade, possibilitou que os agricultores/as enxergassem limites e potencialidades de suas comunidades.
Dentre todas as atividades desenvolvidas pelo projeto, cabe destacar as três
etapas do Curso de Formação de Lideranças, atividade essencial para a
organização social. Portanto, a organização social das comunidades torna-se fundamental no processo de transição agroecológica, os resultados são demonstrados na participação das comunidades no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), bem como no acesso a editais específicos de apoio, permitindo às mesmas obterem renda através da
venda da produção agroecológica.