Leishmaniose
visceral em cães atendidos no HOVET-UFMT no ano de 2022.
1Gabriela Duarte Barbosa,2Melissa Harumi Sumiyoshi,3Valéria Régia Franco Sousa,4Arleana do Bom Parto Ferreira de Almeida 1BOLSISTA DE EXTENSÃO,2ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,3DOCENTE,4COORDENADOR arleferreira@gmail.com
RESUMO
A leishmaniose visceral (LV) é a mais severa dentre as
leishmanioses e sua forma zoonótica, causada por Leishmania infantum. A
transmissão para humanos e animais ocorre por meio dos insetos flebotomíneos, sendo
os cães os
principais reservatórios da doença e servem como fonte de contágio para o ser humano. O Brasil é considerado
endêmico para LV e os casos caninos já são descritos em Mato Grosso, com
prevalências variáveis dependendo do município. a
associação entre os parâmetros clínicos, epidemiológicos, parasitológicos e
sorológicos faz-se necessária para o diagnóstico definitivo, já que não existe
nenhum teste que seja 100% sensível ou específico. Esta
pesquisa objetivou estimar a frequência de cães positivos para LV atendidos no
HOVET-UFMT, Cuiabá no ano de 2022. Estudo retrospectivo da casuística dos
exames sorológicos e parasitológicos para diagnóstico de LV realizados no
Laboratório de Leishmanioses do HOVET-UFMT, do período de janeiro a dezembro de
2022 foram analisados. Neste período foram analisadas amostras biológicas de 227 cães com suspeita de LV.
Dentre estas amostras estão o soro para realização do
teste imunocromatográfico rápido, esfregaços de medula óssea e linfonodo para pesquisa
citológica de formas amastigotas de Leishmania sp. Dos 227 cães, 100
(44,05%) foram positivos para LV em pelo menos um dos testes. O teste imunocromatográfico rápido foi
realizado em 163 cães, sendo positivo em 72 cães (44,17%). A análise citológica
foi realizada em 213 cães, sendo positiva em 69 (32,4%). Dos cães testados, 125
(55,07%) eram fêmeas e 102 (44,934%) eram machos. Do total de cães, 198
residiam em Cuiabá, 21 em Várzea Grande, cinco em Santo Antônio do Leverger, um
em Chapada dos Guimarães e em quatro não foi possível obter essa informação,
pois os cães haviam sido resgatados. A frequência da infecção por L.
infantum foi alta nos cães atendidos no HOVET oriundos de diferentes municípios
da baixada cuiabana, enfatizando a importância do levantamento domiciliar dos
cães tenho em vista os cães serem carreadores do agente.