Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2023 Edição: 14 ISSN: 2594-5106

Leishmaniose visceral em cães atendidos no HOVET-UFMT no ano de 2022.

1Gabriela Duarte Barbosa,2Melissa Harumi Sumiyoshi,3Valéria Régia Franco Sousa,4Arleana do Bom Parto Ferreira de Almeida
1BOLSISTA DE EXTENSÃO,2ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,3DOCENTE,4COORDENADOR
arleferreira@gmail.com

RESUMO

A leishmaniose visceral (LV) é a mais severa dentre as leishmanioses e sua forma zoonótica, causada por Leishmania infantum. A transmissão para humanos e animais ocorre por meio dos insetos flebotomíneos, sendo os cães os principais reservatórios da doença e servem como fonte de contágio para o ser humano. O Brasil é considerado endêmico para LV e os casos caninos já são descritos em Mato Grosso, com prevalências variáveis dependendo do município. a associação entre os parâmetros clínicos, epidemiológicos, parasitológicos e sorológicos faz-se necessária para o diagnóstico definitivo, já que não existe nenhum teste que seja 100% sensível ou específico. Esta pesquisa objetivou estimar a frequência de cães positivos para LV atendidos no HOVET-UFMT, Cuiabá no ano de 2022. Estudo retrospectivo da casuística dos exames sorológicos e parasitológicos para diagnóstico de LV realizados no Laboratório de Leishmanioses do HOVET-UFMT, do período de janeiro a dezembro de 2022 foram analisados. Neste período foram analisadas amostras biológicas de 227 cães com suspeita de LV. Dentre estas amostras estão o soro para realização do teste imunocromatográfico rápido, esfregaços de medula óssea e linfonodo para pesquisa citológica de formas amastigotas de Leishmania sp. Dos 227 cães, 100 (44,05%) foram positivos para LV em pelo menos um dos testes. O teste imunocromatográfico rápido foi realizado em 163 cães, sendo positivo em 72 cães (44,17%). A análise citológica foi realizada em 213 cães, sendo positiva em 69 (32,4%). Dos cães testados, 125 (55,07%) eram fêmeas e 102 (44,934%) eram machos. Do total de cães, 198 residiam em Cuiabá, 21 em Várzea Grande, cinco em Santo Antônio do Leverger, um em Chapada dos Guimarães e em quatro não foi possível obter essa informação, pois os cães haviam sido resgatados. A frequência da infecção por L. infantum foi alta nos cães atendidos no HOVET oriundos de diferentes municípios da baixada cuiabana, enfatizando a importância do levantamento domiciliar dos cães tenho em vista os cães serem carreadores do agente.

PALAVRAS-CHAVE

cão, baixada cuiabana, Leishmania.