TECNOLOGIAS SOCIAIS E ETNOSSABERES NAS ESCOLAS QUILOMBOLAS DE MATO GROSSO: UM PROJETO DE PESQUISA-AÇÃO
1Suely Dulce de Castilho,2Agda Moraes da Silva,3Anne Elise Nascimento Ruiz ,4Bruna Maria de Oliveira,5João Almeida dos Santos,6Luciana Gonçalves de Lima 1COORDENADOR AUTOR,2BOLSISTA DE EXTENSÃO,3ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,4DOUTORANDO,5DOUTORANDO,6DOUTORANDO castilho.suely@gmail.com
RESUMO
Este resumo aborda o projeto “Etnossaberes e tecnologias sociais produzidas em escolas quilombolas de Mato Grosso”, coordenado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Quilombola (GEPEQ/PPGE/UFMT) que atua há mais de quinze anos em parceria com as comunidades e escolas quilombolas em Mato Grosso por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão que valorizam a cultura negra quilombola e o reconhecimento dos saberes repassados entre gerações. O projeto está vinculado ao edital da UFMT nº 24/PROCEV/2022-2023 com o apoio da FAPEMAT para bolsa de iniciação científica. O objetivo principal do projeto é realizar o levantamento das tecnologias sociais das comunidades quilombolas e compreender como os professores que ministram a disciplina de Tecnologia Social (específica da parte diversificada do currículo da educação escolar quilombola) têm abordado essa questão. O projeto se orienta pela abordagem qualitativa com a metodologia de pesquisa-ação e encontra-se em fase de andamento no tocante ao levantamento e mapeamento de tecnologias sociais em comunidades quilombolas via planos de aula, rodas de conversas e oficinas que possibilitam reflexões sobre as tecnologias sociais, unindo conhecimentos científicos da educação formal e os saberes das comunidades. Os resultados parciais incluem o registro das tecnologias sociais e a promoção de discussões para fortalecer a utilização dessas tecnologias no processo de ensino aprendizagem dos estudantes. O projeto busca demonstrar a importância dos etnossaberes e das tecnologias sociais nas escolas quilombolas, destacando a necessidade de valorizar os saberes das comunidades integrados aos espaços da educação formal, minimizando de certa forma os impactos negativos de um currículo educacional ainda eurocêntrico. As rodas de conversas e oficinas fortalecem a interação entre professores, guardiões dos saberes das comunidades e educandos, promovendo a troca de conhecimentos e o aprimoramento das práticas pedagógicas, promovendo um ensino aprendizagem próximo da realidade dos educandos.