O projeto é uma ação interdisciplinar entre o curso de graduação em Engenharia Florestal e o Musear, por meio da disciplina Arborização e Paisagismo (2022/2). A disciplina propõe uma introdução ao paisagismo e à composição paisagística. Foi realizado um estudo de identificação das espécies botânicas localizadas no espaço externo do Musear para o Inventário da arborização Urbana e o Plano Diretor de Arborização Urbana, que permite repensar o entorno do museu como espaço fundante da relação entre o prédio (arquitetônico), o museu (fenomênico) e o entorno (socioecológico), considerando o conforto climático para visitantes, usuários da universidade e o melhor acondicionamento climático do acervo do museu. Esta ação se alicerça nas possibilidades de imaginar futuros com práticas ecológicas no presente, entrelaçando experiências e processos de recomposição de paisagens, conhecer as práticas que os humanos fizeram e fazem em lugares como os museus e a participação de outros seres não humanos que compõem estes mundos. O Inventário propiciará a execução do Plano Executivo de recomposição arbórea e paisagística, transformando-o em espaço sociabilidades de várias faixas etárias da UFMT e comunidade como espaço de lazer, de manifestações artísticas, feiras de produtos orgânicos, feira de livros, de artesanato, eventos, caminhadas e vivências no Jardim Etnobotânico do Musear como área de preservação, mitigando a poluição e a produção de calor. A metodologia consistiu do trabalho de campo dos estudantes com fotografias e notas sobre as espécies botânicas, a identificação dos espaços e edificações vizinhas ao museu, estudos e análises orientados pela professora da disciplina e pela equipe do Musear, durante as visitas ao museu. O Inventário identificou 101 indivíduos arbóreos, criou placas com informações de cada espécie botânica para divulgação no site e Instagram do Musear e de plaquetas com QR Code de acesso pelo site e o App Musear com a identificação das espécies, o nome popular e o nome científico. Na proposta, apresentam o porte das mudas, o tamanho das covas e orientações de adubação, rega, replantio, tutoramento e monitoramento das espécies, a localização e dimensionamento dos canteiros com poste de rede elétrica, os canteiros centrais, apresentaram ideias de mobiliário (bancos e pergolados) e outras espécies botânicas para recompor o jardim, forneceram o calendário florístico anual do cerrado e o orçamento total para o Plano Executivo futuro.