O presente trabalho disserta sobre a metodologia da problematização como método de ensino-aprendizagem utilizado pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – Interprofissionalidade. É apresentada a esquemática do Arco de Maguerez, e como este é utilizado na prática do subgrupo com enfoque em Saúde Mental. O referido Arco é composto por cinco etapas; observação da realidade, levantamento dos pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação na realidade. O grupo de saúde mental encontra-se na etapa de teorização dos problemas levantados. A partir da observação da realidade e escolha dos pontos-chave é possível apresentar resultados parciais das ações. Foram levantadas algumas problemáticas/ demandas junto a Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Fábio I e II; saúde mental do trabalhador, sobrecarga de trabalho e dificuldade de realização de trabalho interprofissional. Acerca da população atendida observou-se; índices de transtornos psíquicos leves como depressão e ansiedade, depressão pós-parto, gestação na adolescência, aspectos socioeconômicos e condição de vulnerabilidade, consumo de substâncias psicoativas (SPA) e famílias disfuncionais. Percebeu-se também que tanto os profissionais, quanto a população encontram certa dificuldade em compreender a complexidade do conceito ‘saúde mental’, e ainda em entender como a rede do Sistema Único de Saúde se articula. A partir das experiências vivenciadas é perceptível que a metodologia da problematização aponta como ferramenta de uma educação emancipadora e crítica. O protagonismo compartilhado entre aluno e tutor no processo de ensino-aprendizagem e ensino-pesquisa-extensão é um salto qualitativo frente a outras metodologias, pois o aluno não apreende o conhecimento como produto final, mas sim, no processo, por meio da inserção no serviço.