Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 17,5 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças cardiovasculares (DCVs). A síndrome metabólica (SM) é caracterizada pela agregação de vários fatores de risco para as DCVs, e sua associação aumenta a mortalidade geral em cerca de 1,5 vezes e a mortalidade cardiovascular em cerca de 2,5 vezes. O objetivo do estudo foi avaliar o risco cardiovascular em indivíduos com e sem SM segundo o Escore de Risco Global (ERG), que estima o risco cardiovascular em 10 anos. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e quantitativo, utilizando-se dados secundários do projeto de extensão “Atendimento nutricional dos servidores ativos da UFMT” participantes do CARDIO-UFMT (nº SIEX 110220191540421194). Utilizaram-se os critérios da WHO, 2000 para classificação e diagnóstico nutricional, e os critérios do IDF (2005) para diagnóstico de SM. O risco cardiovascular foi determinado pelo ERG. Para análise estatística utilizou-se SPSS, versão 17.0 (frequências absolutas, médias e desvio padrão). A amostra foi constituída de 44 servidores de ambos os sexos, com idade média de 40,30±10,71 anos, com estilo de vida sedentária, predominante no sexo feminino, sendo prevalentes alterações metabólicas como obesidade (50%), hipertensão arterial (38,6%), dislipidemia (38,6%) e SM em 59% da amostra (n= 26), sendo prevalente entre os homens (72,2%). O ERG foi significativo e predominante para o grupo com SM 11,5% risco intermediário e 65,4% com alto risco. Portanto, os servidores avaliados agregam riscos para desenvolvimento de eventos cardiovasculares em 10 anos, salientando a importância de ações preventivas e de estratégias populacionais de ações educativas e atendimento nutricional personalizado.