Universidade Federal de Mato Grosso

ALTERAÇÃO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA NO ESTROMA PROSTÁTICO DE GERBILOS APÓS CASTRAÇÃO SEGUIDA DE INGESTÃO DE ÓLEO DE PEQUI

1Maria Eduarda Urzêda da Silva,2Kallyne Kioko Oliveira Mimura,3Sérgio Marcelino de Oliveira
1ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,2OUTROS,3ORIENTADOR
mariaeduardaurzedasilva@gmail.com

RESUMO

As enfermidades prostáticas são extremamente comuns e causam centenas de milhares de mortes por ano. Histologicamente esta glândula é formada por um epitélio secretor envolvido por estroma fibromuscular. A manutenção da fisiologia e morfologia prostática deve-se a ação da Testosterona (T), além da expressão de receptores de andrógenos e estrógenos. Entretanto, alterações na homeostasia dos níveis de T podem desencadear o surgimento de lesões proliferativas. Outro fator importante na promoção de lesões prostáticas é o processo inflamatório, que se amplificado pode ocasionar a carcinogênese, devido a ocorrência de danos celular e genômico que promovem a substituição celular e o surgimento de um local rico em citocinas e fatores de crescimento que podem aumentar a replicação celular e a angiogênese. Nesse contexto, os mastócitos atuam sintetizando e secretando citocinas responsáveis pela condução da resposta inflamatória. Em resposta ao início do processo inflamatório, surge a necessidade de se estudar tratamentos terapêuticos para combater as lesões proliferativas prostáticas, destacando-se o óleo de pequi, que por conta da presença de ácidos graxos, interfere no processo inflamatório. Dessa forma, este trabalho objetiva analisar a possível influência do óleo de pequi na modulação da resposta inflamatória no estroma prostático após orquiectomia. Para isso, foram utilizados 15 gerbilos machos com 90 dias de idade, assim divididos (n=5): Ca, submetidos a orquiectomia e sacrificados após 120 dias; CaP, submetidos a orquiectomia e a doses diárias de óleo de pequi (1mL/kg) via gavagem por 120 dias; Co, animais intactos. As próstatas foram coletadas para processamento histológico e análises morfológicas, morfométricas e quantificação de mastócitos. Como esperado, devido à diminuição de T circulante, houve uma significativa diminuição da altura do epitélio na próstata dos animais do grupo Ca e CaP (P˂0,0001), quando comparados com o grupo Co, mas esta diminuição se mostrou mais intensa no grupo CaP. A quantificação de mastócitos intactos e desgranulados revelou um aumento na quantidade destas células no estroma prostático tanto no grupo Ca (P˂0,0001), quanto no grupo CaP (P˂0,001) em comparação com o grupo Co. A administração de óleo de pequi após a castração parece regular a quantidade de mastócitos no tecido prostático, que foi sensivelmente menor no grupo CaP quando comparado ao grupo Ca. (23108.209569/2017-92-CEUA-UFMT).

PALAVRAS-CHAVE

mastócitos, orquiectomia, testosterona, inflamação.