Este estudo realiza reflexões sobre vivências de alunos residentes do Programa de Residência Pedagógica (PRP, 2018) do Curso de Letras do ICHS/CUA/UFMT, na EE Dep. Norberto Schwantes, em Barra do Garças-MT. O PRP proporciona aos alunos de Cursos de Licenciatura a oportunidade de vivenciar o processo de docência, em salas de aulas reais, sob a orientação de Professores Preceptores e de um Docente Orientador da UFMT. Assim, a questão central desta pesquisa busca a compreensão do espaço escolar e a gestão de sala de aula, estabelecendo uma importante relação entre a teoria e a prática, presentes no cotidiano das escolas. Em relação à metodologia, a pesquisa, quanto à natureza, é qualitativa, pautada em estudos bibliográficos. Os autores deste texto balizaram suas discussões a partir de reflexões realizadas em encontros semanais do PRP/Letras, na Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017), nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1998), em Lajolo e Zilberman (2009), Martins (1985), Kleiman (2005), Soares (2010-2017) e outros, e nas vivências proporcionadas pelo PRP, em aulas de Língua Portuguesa, por meio da observação participante. Considerando a área de Linguagem, que baliza o Curso de Letras, várias das discussões e reflexões deste estudo nortearam-se na compreensão de que o hábito de leitura encaminha práticas de letramento e que este facilita a vida dos sujeitos em seu envolvimento com práticas sociais de comunicação, informação e conhecimento, habilidades que movem a humanidade. Assim, a escola é o local mais habilitado, técnica, científica e pedagogicamente, para fortalecer esses hábitos. Dessa concepção, e compreendendo que a leitura e o letramento não se resumem às atividades dentro da área de Língua Portuguesa, neste estudo, os residentes vivenciaram na “escola real” o desenvolvimento de 02 (dois) projetos pedagógicos: o Projeto de LIBRAS e o Projeto Arte e Cultura. Esses projetos buscam o trabalho com a leitura, em seus níveis sensorial, emocional e racional (MARTINS, 1985), quando se discute a importância da prática da inclusão. Quando trabalham a interdisciplinaridade entre a linguagem das artes, do teatro, das culturas, favorecem o fazer pedagógico dentro da escola e o processo de letramento, como prática social de convivência, de comunicação, de troca de informações e conhecimento, fora do espaço escolar. Fortalecer o hábito de ler e o de letramento é tarefa contínua, que gera frutos e que fortalece o desenvolvimento integral dos sujeitos.