VULNERABILIDADE PARA DOENÇAS CRÔNICAS EM CAMINHONEIROS
1ANDRE CANTARELLI VILELA,2MARCOS VINÍCIUS COSTA SANTOS,3ALINE APARECIDA RODRIGUES,4DAIANA JESUS DA HORA,5ELIAS MARCELINO DA ROCHA 1VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,2BOLSISTA DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4BOLSISTA DE EXTENSÃO,5ORIENTADOR andre_c_v@hotmail.com
RESUMO
Os caminhoneiros são responsáveis pelo
transporte de riquezas produtivas, contribuindo para o desenvolvimento social,
político e econômico do país. Seu estilo de vida expõe a muitos fatores de
risco para surgimento de doenças. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
são responsáveis por cerca de 70% das mortes em todo o mundo. São as principais
DCNT: doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, cânceres e diabetes. Objetivou-se
avaliar os riscos de desenvolvimento de DCNT em caminhoneiros. Trata-se de um
estudo descritivo-exploratório, quantitativo. Realizado no ano de 2018 pela
aplicação de questionários em 177 motoristas caminhoneiros masculinos, abordados
em postos de combustíveis de Barra do Garças-MT, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa nº2.062.048. A
análise estatística foi realizada pelo software Epi Info (3.5.1). Identificou-se
que a idade média dos entrevistados é de aproximadamente 43 anos, 62,1% responderam
que não tem hipertensão arterial e 13,6% não sabem. Ao aferir a Pressão Arterial
(PA), 27,1% apresentou PA Sistólica ≥140mmHg e 28,9% PA Diastólica ≥90mmHg. Ao verificar
o Índice de Massa Corporal (IMC), constatou-se que 25% dos caminhoneiros estão
classificados em sobrepeso, 24% em obesidade grau I, 7% em obesidade grau II, 2%
em obesidade grau III e somente 15,3% não estão obesos. Através da avaliação da
Circunferência Abdominal (CA), detectou-se que 54% dos entrevistados
apresentaram uma CA ≥94cm, tendo assim, risco aumentado para o desenvolvimento
de DCNT. Sobre o colesterol, 10,7% afirmam estar aumentado e 18% não sabem. Dos
entrevistados, 36,2% passam de 0 a 10 dias fora de casa, 27,7% de 11 a 20 dias,
19,7% de 21 a 30 dias e 16,4% de 31 ou mais dias. Sobre os hábitos de
alimentação, 32,7% consideram regular ou ruim e 67,2% ótimo ou bom. Já a
qualidade do sono, 26,5% consideram ruim ou regular e 73,5% boa ou ótima. E a
saúde em geral, 74% consideram boa ou ótima e 26% ser regular ou ruim. O hábito
de fumar, representa 28,8% e o de bebida alcoólica predomina em mais da metade
(65%). Evidenciou-se que os hábitos de trabalho e vida expõem os caminhoneiros
a maiores riscos de desenvolver DCNT, pois quase 30% estavam com a PA acima dos
parâmetros recomendados pelo Ministério da Saúde e mais de 50% estão acima do
peso. Conclui-se que, a profissão de caminhoneiro, é um trabalho extenuante,
devido as metas a cumprirem e as longas jornadas de trabalho, sendo necessário
maior visibilidade a esta categoria profissional.