Prostituição:
Direito de liberdade sobre o corpo ou exploração e manipulação do patriarcado?
1Ana Carolinna Soares Miranda,2Luís Antonio Bitante Fernandes 1ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,2ORIENTADOR anacarolinna00@hotmail.com
RESUMO
A presente pesquisa visa analisar uma área marginalizada e invisibilizada pela sociedade, a prostituição
feminina, sendo ligada com fatos históricos sobre o patriarcado e como isso
afeta até hoje o gênero feminino, ligando também aos modelos de leis, a
antropologia, a falta de assistência do governo sobre as políticas públicas, amparo trabalhista legal e a descriminalização da sociedade. O objetivo
da pesquisa foi analisar questões acerca da prostituição enquanto liberdade de
escolha da mulher ou algo que ela, mulher, toma para si como última opção em um
contexto de sociedade machista e sexista. Em relação a metodologia foi usado o
método dedutivo, optando pelo raciocino com base em estudos amplos para chegar à uma conclusão, já o tipo de pesquisa foi a bibliográfica, com a intensão de
juntar conteúdo partir de artigos, livros e textos de apoio. Como resultado de
pesquisa foi possível comprovar que a maioria dessas mulheres já sofreu alguma
violência, física ou psicológica, pelo homem, que levou algumas a desenvolverem
TEPT (Transtorno de estresse pós-traumático), além disso sofrem uma pressão enorme
de julgamentos pela sociedade. A maioria das mulheres relatam que viu a
prostituição como sua última oportunidade e que possuem vontade de sair, mas
não conseguem, por medo, falta de assistência ou de outras oportunidades.
Algumas pesquisas relatam que o homem que paga pelo sexo enxerga a mulher como
um objeto, como se ele fosse dono dela e pudesse fazer o que quisesse. Considerações
iniciais acerca da pesquisa nos leva a perceber que a prostituição é uma
atividade profissional de intensa exploração e manipulação pelo patriarcado, em
que o homem não percebe a mulher como pessoa e como isso é algo enraizado na
sociedade influenciando na vida de mulheres que se prostituem e de mulheres que
não se prostituem. Para auxiliar mulheres que se encontram na condição de exploração
seria adequado um debate acerca do modelo de lei chamado modelo nórdico, no
qual criminaliza o ato do pagamento pelo sexo, da exploração de terceiros,
transformando a visão de que essas mulheres estão em uma forma de comportamento
não adequado socialmente, rompendo com a ideia de que se pode comprar o corpo
de outra pessoa. Para aquelas que possuem a vontade de sair da condição de
prostituição encontrar o apoio em políticas de governo que promovam assistência,
como por exemplo na forma de cursos profissionalizantes e oportunidades.