IX Semana Científica do CUA Universidade Federal de Mato Grosso Campus Universitário do Araguaia HORTA ECOLAR: Creche “Maria de Nazaré” - Barra do Garças, MT Franciele Rodrigues da Silva1, Kassandra Martins Carneiro2, Daniel Junior Batista de Amorim2, Damarys de Jesus Pereira2, Laércio Wanderley dos Santos3 (1) Discente bolsista; (2) Discente voluntário, (3) Prof. Associado - orientador; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Campus Universitário do Araguaia; Universidade Federal de Mato Grosso. {franciele.rodrigues.0611@gmail.com, Kaassandramartinscarneiro@hotmail.com, daniel-jr-amorim@outlook.com, dhamaryspereira@hotmail.com, laerwan@gmail.com} INTRODUÇÃO O conhecimento e a ação participativa na produção e no consumo de hortaliças despertam nos alunos mudanças em seu comportamento alimentar, atingindo toda a família, conforme relata Turano (1990). De acordo com Magalhães (2003) essa relação direta com os alimentos também contribui para que o comportamento alimentar das crianças seja voltado para produtos mais naturais e saudáveis, oferecendo um contraponto à ostensiva propaganda de produtos industrializados e do tipo fast food. Magalhães (2003) afirma que utilizar a horta escolar como estratégia, visando estimular o consumo de hortaliças, torna possível adequar a dieta das crianças. Este trabalho teve como objetivo contribuir para a instalação de uma horta comunitária na creche “Maria de Nazaré” em Barra do Garças - MT, “comunidade assistida”. METODOLOGIA Foi realizada a limpeza e delimitação da área com sombrite para proteção contra predadores e confecção dos canteiros com dimensões de 7 x 1m e 8,5 x 1m. Os espaçamentos entre plantas seguiram as recomendações de Makshima (1985): alface 10 cm; beterraba 20 a 25 cm; cenoura 20 a 30 cm; couve 10 cm; couve flor 50cm; espinafre 30 cm; almeirão 15 a 20 cm; mostarda 10 cm e pimenta 10 cm. Os substratos utilizados foram compostos de: terra orgânica; esterco bovino curtido (20 L/m² de canteiro); cama de frango (10 L/m2 de canteiro); folhas de árvores decompostas (20 L/m² de canteiro); calcário dolomítico (250 g/m² de canteiro) e NPK 5-25-15 +Zn (250 g/m² de canteiro) (EMATER, 1977; GROPPO; NETO, 1993, MAKSHIMA; PEREIRA; KLATILOVA, 1978). As plantas são irrigadas, duas vezes ao dia. Os produtos colhidos são destinados ao almoço das crianças da creche. Para os tratos culturais são realizadas catação manual de ervas daninhas e a utilização de inseticida à base de água, sabão, fumo e óleo vegetal. As atividades desenvolvidas na horta envolvem a participação de uma discente bolsista e discentes voluntários do curso de agronomia do UFMT/CUA, pais de alunos e membros da comunidade escolar. RESULTADOS A Horta Escolar foi instalada e está produzindo alimentos para o consumo das crianças e da comunidade da Creche “Maria de Nazaré” em Barra do Garças – MT. CONSIDERAÇÕES FINAIS A horta apresenta resultados considerados positivos, embora tenha ocorrido presença de microorganismos prejudiciais como nematóides, no entanto, espera-se obter melhores resultados nas próximas etapas, com a cobertura do local com sombrite e adoções de sistema de irrigação. REFERÊNCIAS EMATER-GO - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás. Horta Modelo. Programa Plantar e Colher. Goiânia: Sec. Ed. 21p. 1997. GROPPO G.A.; NETO, J.T. Hortas – Instituto Prático nº 230, Campinas: Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), 28p. 1993. MAGALHÃES, A. M. A horta como estratégia de educação alimentar em creche. 2003. 120 f. Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003. MAKSHIMA, N. Produção de hortaliças em pequena escala. Cuiabá: Ed. EMPAER. 27p. 1985. MAKISHIMA, N.; PEREIRA, M.T.; KLATILOVA, E. Horta Doméstica e Comunitária. Instrução Prática. Campinas: Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), 31p. 1978. TURANO, W. A didática na educação nutricional. In: GOUVEIA, E. Nutrição Saúde e Comunidade. São Paulo: Revinter, 1990. 246 p.