Os cineclubes são projetos sem fins lucrativos, com a finalidade de promover discussões e reflexões através das sessões fílmicas. O movimento cineclubista surgiu na França, no século XX. No Brasil, surgiu no Rio de Janeiro, em 1928. Grandes cineastas, como Glauber Rocha e Jean-Luc Godard, foram atravessados pelas influências de cineclubes durante suas formações cinematográficas. Em Barra do Garças, a UFMT/CUA prossegue com o projeto de extensão Cineclube Roncador desde 2009, desenvolvendo sessões fílmicas a fim de difundir produções audiovisuais e gerar debates sociais, a partir de temas relevantes previamente discutidos. No primeiro semestre letivo de 2019, foram realizadas três sessões. Na primeira, foi exibido o curta De pão e miojo, que retrata a vivência e as dificuldades enfrentadas por alguns estudantes durante o ciclo universitário e que teve a presença da psicóloga do Campus, Daiane Sales. Aproveitando o contexto da Copa do Mundo Feminina de Futebol, a segunda sessão, Mulheres no esporte, exibiu os curtas Eu, jogadora e A falta de visibilidade e o preconceito com mulheres que praticam futebol no Brasil, com a presença de atletas femininas e representantes de associações atléticas acadêmicas de cursos do CUA. Na terceira e última sessão do semestre, Stonewall: marco do ativismo LGBTQIA+, foi exibido o documentário A Revolta de Stonewall, que conta a história da rebelião ocorrida no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, que completou 50 anos em 2019 e foi um marco para a luta dos direitos LGBTQIA+ no mundo todo. Entre os convidados para o debate estava o professor Luis Antônio Bitante Fernandes, coordenador do grupo de pesquisa em Gênero, Identidade e Sexualidade (GIS) na UFMT/CUA, e o Cores (coletivo LGBTQIA+ do Campus). Além disso, o Cineclube participou da Semana de audiovisual mato-grossense, realizada pelo Núcleo de Produção Digital da UFMT/CUA no Cineclube Melchíades Mota, da Academia de Letras, Cultura e Arte do Centro-Oeste, em Barra do Garças. Nas sessões realizadas de maio a julho de 2019, cerca de 200 pessoas de diferentes cursos participaram dos debates e filmes promovidos. A diversidade temática e de opiniões gerou múltiplas discussões e nos permitiu notar que o projeto, através das sessões fílmicas realizadas, contribui para formação ética dos estudantes e da comunidade externa, proporcionando que o público desfrute de conhecimento de uma maneira que seja mais descontraída e que estimule discussões sociais.