Efeitos da administração de suspensão oral de Alpiste
(Phalaris canariensis L.) sobre o peso corporal e de tecidos de ratas Wistar
hiperglicêmicas.
1Jefferson Dias Valim,2Luiz Felipe Petusk Corona,3Carlos Alexandre Habitante,4Jair Marques Junior,5Gabriel Guerreiro Nunes Ferreira 1VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA,2OUTROS,3ORIENTADOR,4OUTROS,5OUTROS jefferson_dias9@hotmail.com
RESUMO
A frutose é encontrada em frutas, bebidas açucaradas e
alimentos industrializados. Evidências sugerem uma correlação de seu consumo
com a prevalência de diabetes mellitus - DM2. O alpiste (Phalaris canariensis
L.) tem sido investigado como possível coadjuvante no tratamento de hipertensão
e DM2. O Objetivo deste estudo foi verificar os efeitos da
administração de solução oral de Alpiste sobre o peso corporal e de tecidos de ratas
hiperglicêmicas pelo consumo de D-Frutose.
Ratas Wistar com 90 dias de vida foram divididas em 4 grupos:
GC (grupo controle) – tratadas com ração comercial (RC); GF (grupo frutose) –
tratadas com RC e solução de frutose (15%) adicionada à água; GA (grupo
alpiste) – tratadas com RC e solução de alpiste (231mg/ml) por gavagem
(1ml/dia); GFA (grupo frutose alpiste) – tratadas com RC e soluções de frutose
e alpiste associadas. Após 12 semanas os animais foram eutanasiados e foram
coletados os tecidos: RET (tecido adiposo retroperitoneal), PAR (tecido adiposo
parametrial), FIG (fígado) e GAST (músculo gastrocnêmio). O peso corporal foi
registrado semanalmente.
Observamos, comparando-se o dia inicial ao final do período
experimental (12 semanas), um ganho de peso corporal de 18,2% no CS; 27,1% no
CF; 6,9% no CA e 17,3% no CFA. Em relação ao peso relativo dos tecidos (g/100g
de peso corporal), o consumo de frutose elevou o peso do RET (CS 1,41±0,36 vs CF 1,96±0,33) e PAR (CS
2,83±0,81 vs CF 4,9±0,68), adaptação revertida pela solução de alpiste - RET (CF 1,96±0,36 vs CFA 1,32±04) e PAR –
(CF 4,9±0,68 vs CFA 3,73±0,82). O consumo isolado de alpiste diminuiu o peso
relativo do RET em relação aos demais grupos (CA 0,76±0,18 vs CS 1,41±0,36; vs
CF 1,96±0,36; vs CFA 1,33±0,41), enquanto no PAR observamos esta adaptação em
relação aos grupos frutose e frutose/alpiste (CA 2,17±0,57 vs CF 4,9±0,68 e vs
CFA 3,73±0,82). O consumo de frutose e alpiste, isolados ou associados,
diminuiu o peso do FIG em relação ao controle (CS 2,91±0,37 vs CF 2,6±0,22; CA
2,42±0,18 e CFA 2,57±0,21). Verificamos
redução no peso do GAST do CFA (0,46±0,09) em relação ao CS (0,59±0,06) e CA
(0,58±0,04). Nosso trabalho permite sugerir que o consumo de frutose provoca
alterações metabólicas importantes e a administração de solução de alpiste
impede/reverte parcialmente estas adaptações.