1Thays Rayana de Almeida Ramos,2Elielma Aparecida de Souza,3Rayanne Oliveira Santos,4Rhariny de Almeida Fabino ,5SILVANA FRANCISCO GUEDES 1BOLSISTA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA,2BOLSISTA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA,3BOLSISTA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA,4ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,5BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA thays.rayana@hotmail.com
RESUMO
O Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), ao aproximar os
discentes do curso de Letras da Universidade Federal de Mato Grosso/Araguaia à
Escola Estadual Heronides Araújo, oportunizou-nos pensar e elaborar o projeto
“Estórias para trançar”. A iniciativa se deu em atenção a Lei 11.645/08, que
altera a Lei 10639/03 e torna obrigatório incluir no currículo oficial da Rede
de Ensino de todas as escolas, públicas e particulares, do Ensino Fundamental
até o Ensino Médio a temática "História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena". O projeto é um esforço de enfrentamento ao racismo e de
aperfeiçoamento profissional dos futuros e atuais docentes por meio da mediação
da leitura das obras “As Tranças de Bintou” (2010), de Sylviane Diouf, publicado
pela editora Cosac & Naify, e “Betina” (2009), de Nilma Lino Gomes,
publicado pela Mazza Edições. O primeiro livro tem como protagonista uma garota
negra de uma aldeia africana que sonha em ter longas tranças. No entanto,
enquanto não entra na idade adulta, Bintou pode apenas ter quatro birotes
amarrando seus curtos cabelos - é o costume da sua tribo. As “Tranças de
Bintou” são uma alegoria sobre o tornar-se adulto. O segundo livro trata da
amorosa relação entre neta e avó tendo como enredo as lições que a avó
transfere à neta a partir da arte do penteado. Refletir com os estudantes a respeito das
consequências do racismo na sociedade, bem como nas relações com a família,
escola, vizinhos; conversar
sobre ações de cooperação, respeito e diversidade; questionar padrões de beleza e construir a ideia de que
pessoas não devem ser hostilizadas são aprendizagens significativas para a
escola que ambos os livros proporcionam. Adotou-se a Pesquisa Bibliográfica
enquanto Metodologia de Pesquisa, visto que foram consultados livros,
legislação e artigos que abordam a temática proposta pelo projeto. Paralelo às
leituras foi planejada uma Oficina de Tranças que terá como público alvo a
comunidade escolar. “Estórias para Trançar” tem um viés interdisciplinar, pois
sua execução acontece a partir dos esforços não apenas dos docentes do ensino
de Língua Portuguesa, mas de profissionais de outras áreas de ensino, tais
como: História e Educação Física.