Universidade Federal de Mato Grosso

COMPORTAMENTO DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES NA POPULAÇÃO MASCULINA

1ANDRE CANTARELLI VILELA,2INARA REGE LOPES,3LETÍCIA CHAVES LOPES,4POLIANE ALVES DE BRITO,5ELIAS MARCELINO DA ROCHA
1VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,2VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,3VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,4VOLUNTÁRIO DE EXTENSÃO,5ORIENTADOR
andre_c_v@hotmail.com

RESUMO

As Doenças Cardiovasculares (DC) consistem em um grupo de doenças do coração e vasos sanguíneos. É a principal causa de mortes no mundo, estimando-se 31% das mortes em seres humanos em nível global. Fatores comportamentais como: dieta inadequada, sedentarismo, uso de tabaco e nocivo de álcool são considerados de risco para o desenvolvimento de DC. Para isso, os exames preventivos de rotina são essenciais no diagnóstico precoce, mas a ausência de vínculo dos homens nos serviços de saúde, são ligados a características como a pressa, vergonha, objetividade, medo e resistência, vinculados a construção da masculinidade. Objetivou-se avaliar os fatores de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares na população masculina atendida no terminal rodoviário de Barra do Garças. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, quantitativo. Realizado pela equipe do projeto de extensão PRÓ-HOMEM no primeiro semestre de 2019, através da aplicação de questionários e aferição de pressão em 255 homens, abordados no terminal rodoviário de Barra do Garças - MT, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa nº2.062.048. A análise estatística foi realizada pelo software Epi Info (3.5.1). Identificou-se que a média de idade dos entrevistados é de aproximadamente 45 anos, 45,5% são casados, 39,2% solteiros e 12,5% em outros tipos de relacionamento. Ao aferir a Pressão Arterial (PA), 36,9% apresentou PA Sistólica ≥ 130mmHg e 27,6% PA Diastólica ≥ 90mmHg, no entanto, durante o atendimento somente 23,1% afirmam serem hipertensos e 3,5% não sabem os valores pressóricos. Evidenciou-se que 7,1% tem diabetes mellitus, 4,3% não sabem das alterações dos valores glicêmicos, 9,8% estão com colesterol aumentado e 10,6% desconhece as taxas lipídicas. O hábito de fumar representou 19,2% da população do estudo e 43,5% afirmaram que consomem bebida alcoólica. Conclui-se que a população do presente estudo apresentou riscos aumentados para adoecimento na área cardiovascular. Enfatiza-se que o grande desafio no trabalho com a saúde do homem é fazer com que essa população chegue ao serviço atenção primária à saúde antes de estar doente. Por isso, a triagem dos fatores de risco, o diagnóstico precoce das doenças através de exames preventivos de rotina e a sensibilização da população são essenciais. Ressalta-se que para cuidar de homens uma há necessidade de (re)pensar a maneira de atrair e manter a proximidade aos serviços de saúde.

PALAVRAS-CHAVE

Doenças cardiovasculares. Vulnerabilidade em saúde. Saúde do homem.