HIPERATIVIDADE OU INDISCIPLINA EM SALA DE AULA PELA PERSPECTIVA
DE BOLSISTAS DO PIBID
1Henrique Ribeiro Silva,2Lia Cupolillo 1BOLSISTA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA,2BOLSISTA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA hrs.rick.hr@gmail.com
RESUMO
A
indisciplina ou falta de limites é observada na fase escolar, de modo que, em
muitos casos, confunde-se com alguns distúrbios como o TDAH (Transtorno do
Déficit de Atenção e Hiperatividade). A sintomatologia do TDAH inclui falta de
atenção concentrada, baixa autoestima, impulsividade, hiperatividade ou
letargia. A partir das experiências relativas ao período de estágio no PIBID
(Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), os autores expuseram
como a indisciplina e a hiperatividade foram percebidas numa escola estadual do
município de Barra do Garças, Mato Grosso. Fundamentaram em bases
bibliográficas da área e discutiram empiricamente. Estudos apontam que crianças
hiperativas apresentam-se mais distraídas e inquietas na escola, o que pode
prejudicar o processo de ensino-aprendizagem. Secundariamente, observa-se baixa autoestima, depressão,
aborrecimento, frustração na escola, fobias sociais e, em casos mais graves,
tendência ao alcoolismo e abuso de substâncias. Porém, pesquisas
demonstraram que sintomas de desatenção, de
hiperatividade ou de impulsividade acontecem mesmo em crianças ditas normais, em
maior ou menor intensidade. Não se discute aqui a competência do
professor para diagnosticar, visto que não faz parte de sua função, entretanto,
as pesquisas pontuaram que para o diagnóstico
de TDAH, é fundamental que pelo menos seis dos sintomas descritos acima
persistam em diferentes contextos e ambientes da vida da criança, permitindo a
diferença entre hiperatividade e indisciplina. Sintomas que ocorrem apenas em
casa ou somente na escola devem alertar o clínico para a possibilidade de que a
indisciplina, a hiperatividade ou a impulsividade possam ser apenas sintomas de
uma situação familiar caótica ou de um sistema de ensino inadequado. Em
face do que foi abordado, os autores ressaltam que o professor constitui-se
como um profissional que percebe como esses comportamentos surgem em seu
ambiente de trabalho, como ambas situações influenciam a aprendizagem de seus
alunos, de modo que se faz necessário noções mínimas sobre comportamento
infantil para criar estratégias que mitiguem as dificuldades de aprendizagem
observadas. Destaca-se que, muitas vezes, é o professor quem orienta os pais a
encaminharem seus filhos aos profissionais especializados, pois a investigação e a percepção perpassam por
psicopedagogos, psicólogos e médicos.